Efeitos da caminhabilidade na valorização imobiliária : evidências e suas implicações em políticas públicas para populações de baixa renda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lucchesi, Shanna Trichês
Orientador(a): Larrañaga Uriarte, Ana Margarita
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/240050
Resumo: Os benefícios econômicos de promover bairros que incentivem os deslocamentos a pé podem ser medidos por meio do valor adicional que as pessoas estão dispostas a pagar por morar nesses locais. O conceito chamado “walkability premium” vem sendo explorado na literatura, sempre demonstrando existir valorização imobiliária nos locais de mais alta caminhabilidade. Este estudo propõe estudar o fenômeno em um contexto ainda não explorado: bairro de baixa renda de cidades latino-americanas. Utilizando como estudo de caso bairros das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, modelos de equações estruturais multigrupos foram estimados para avaliar as inter-relações entre o ambiente urbano construído, as percepções sobre a caminhabilidade e outras características do bairro e da vida pessoal além do preço de oferta de imóveis multifamiliares. Diferentes fontes de dados foram utilizadas, incluindo uma pesquisa domiciliar e dados processados por algoritmos de reconhecimento de imagem para representação de cenas urbanas que os pedestres presenciam em seus deslocamentos diários. A comparação entre as duas cidades mostrou que a valorização de áreas amigáveis aos pedestres também existe em locais onde os indivíduos apresentam restrições financeiras para escolher onde morar e que esse efeito é independente da cidade. No entanto, os resultados mostraram que esta valorização está relacionada à forma que os pedestres percebem o ambiente, onde os efeitos das características físicas da infraestrutura urbana são mediadas pelas percepções.