Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Model, Jorge Felipe Argenta |
Orientador(a): |
Vinagre, Anapaula Sommer |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/273960
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Resumo: |
Os hormônios esteroides sexuais são muito importantes para a manutenção da homeostasia nos mamíferos, regulando várias funções além da reprodução. Nos machos o principal hormônio sexual é a testosterona (T), enquanto nas fêmeas é o 17-β-estradiol (E2). A redução ou mesmo perda completa da produção de esteroides sexuais é uma condição fisiológica que ocorre após determinada idade. Nas mulheres ocorre a menopausa, definida como a interrupção espontânea nas menstruações, enquanto nos homens ocorre a andropausa, uma situação semelhante, porém mais gradual, caracterizada pela redução nos níveis de T a partir dos 40 anos. Muitas das ações do E2 e da T envolvem a regulação do metabolismo, consequentemente várias das disfunções que ocorrem com a perda destes hormônios envolvem distúrbios metabólicos, como a obesidade e a diabetes mellitus tipo 2. Os fármacos mais comumente utilizados para o tratamento da DM2 também apresentam riscos ao paciente, em alguns casos causando hipoglicemia por exemplo. Entre as novas opções terapêuticas, está o uso de análogos do GLP1 (glucagon-like peptide 1). O GLP1 é um hormônio peptídico liberado principalmente pelas células L intestinais, ele estimula a secreção de insulina pelas células β e inibe a secreção de glucagon pelas células α, mantendo a homeostase da glicose. Também age no sistema nervoso central, e em diferentes depósitos de tecido adiposo. Tanto os esteroides sexuais (E2 e T) quanto o GLP1 e seus análogos atuam regulando os diferentes depósitos de tecido adiposo e recentemente, foi demonstrado que estes hormônios podem regular a liberação uns dos outros. Com base no que já está descrito na literatura, propomos que a terapia com liraglutida (um análogo do GLP1) possa impedir/reverter as alterações no metabolismo do tecido adiposo induzidas pela castração. Foram utilizados ratos Wistar (Rattus novergicus) machos e fêmeas, com 60 dias de idade. Os animais foram submetidos a gonadectomia ou passaram pelo processo cirúrgico, exceto a remoção dos ovários/testículos (animais sham). Uma semana após a cirurgia, iniciou-se o tratamento com a administração de liraglutida por 60 dias. Foram avaliados o ganho de massa dos animais ao longo do tratamento; os níveis de glicose, triglicerídeos e colesterol total; a relação entre o peso corporal total e o peso de diferentes depósitos de tecido adiposo branco (TAB) e do tecido adiposo marrom (TAM); a atividade lipolítica, síntese de lipídeos a partir de C¹⁴-glicose e oxidação de C¹⁴-glicose no em diferentes depósito de TAB e no TAM. O tratamento estimulou a redução da massa total dos animais, a redução dos depósitos de TAB, o aumento da oxidação de glicose, a lipogênese, a lipólise basal e estimulada pela epinefrina, sendo que, de forma geral o tratamento parece ser mais efetivo nas fêmeas do que nos machos. Embora ainda existam questões em aberto, os resultados encontrados até agora indicam a administração de análogos do GLP1 como um promissor tratamento para indivíduos com alterações metabólicas decorrentes de baixas concentrações de esteroides sexuais. |