Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Batassini, Érica |
Orientador(a): |
Beghetto, Mariur Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/257691
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Resumo: |
Introdução: Além da complexidade já existente no trabalho em ambientes de terapia intensiva, a recente pandemia por COVID-19 elevou a demanda assistencial, desconfigurou equipes de trabalho e limitou recursos. Entretanto, pouco se documentou sobre a real carga de trabalho de enfermagem no cuidado aos pacientes críticos, neste período. Objetivo: Comparar a carga de trabalho de enfermagem, estimada a partir do Nursing Activities Score (NAS) nos pacientes com e sem COVID-19 internados em um Centro de Terapia Intensiva (CTI) adulto. Método: Este estudo foi desenvolvido em um CTI de um hospital público e universitário do sul do Brasil, em três diferentes eixos. O eixo 1 consistiu na avaliação da concordância na aplicação do NAS, através de um estudo metodológico, no qual uma enfermeira considerada padrão de referência, dois assistentes de pesquisa e os enfermeiros assistenciais aplicaram o NAS, de modo independente, considerando os mesmos pacientes. Testou-se a concordância através do coeficiente de correlação intraclasse e do coeficiente kappa. No eixo 2 foi realizada uma comparação da distribuição de pacientes/profissional determinada empiricamente pelos enfermeiros, à recomendada pelo NAS. Para tanto, foi conduzida uma coorte prospectiva que avaliou características dos pacientes, carga de trabalho e escalas no eixo 3 comparou-se a carga de trabalho de enfermagem, estimada a partir do NAS, desenvolvido através de uma coorte retrospectiva, a partir de relatório de registros assistenciais em prontuário eletrônico incluindo os primeiros dez dias de internação de todos os pacientes admitidos no CTI nos anos de 2020 e 2021, com e sem COVID-19, que tivessem ao menos uma avaliação de NAS. Utilizou-se modelos de Equações de Estimação Generalizadas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da instituição de origem (CAAE: 16288619.0.0000.5327). Resultados: Os resultados desta tese foram apresentados a partir de ê O 1, “C â do Nursing Activities Score”, q â é geral, quanto na maior parte dos itens do NAS, observou-se divergências especialmente nos itens de maior subjetividade do instrumento (itens que apresentam mais de um subitem como opção para pontuação). O 2, “Eq ê h z pelos enfermeiros ao Nursing Activities Score: uma ”, mostrou que a escala diária de turnos feita pelos enfermeiros e o NAS não apresentaram correlação nem quanto a distribuição de enfermeiros (r= 0,07; p=0,11), nem na distribuição de técnicos de enfermagem (r= 0,25; p<0,001). No entanto, ê . O Artigo 3, intitulado “C h em adultos críticos com e sem COVID-19: coorte ”, -se que a média do escore NAS para o total de paciente/dia da amostra foi de 85,6%±18,1%, sendo 87,8%±17,8% no grupo de pacientes com COVID-19 e 82,6%±18,2% no grupo de pacientes sem COVID-19 (p<0,001). A partir do dia 1 de internação, o NAS médio do grupo de pacientes com COVID-19 foi superior ao do grupo de pacientes sem COVID-19 em todos os dias de comparação, até o décimo dia. O uso de ventilação mecânica, noradrenalina, sedação e bloqueador neuromuscular, membrana de oxigenação extracorpórea e hemodiálise aumentou o valor do NAS, tanto nos pacientes com COVID-19, como nos sem esta doença. Na maior parte das observações (51,2%) a carga de trabalho estava classificada na categoria de trabalho pesado, seguida pela categoria de trabalho moderado (24,7% das observações). Conclusões: Na avaliação da concordância na aplicação do NAS, observou-se divergências especialmente nos itens de maior subjetividade do instrumento. Não houve correlação significativa entre a escala de distribuição de enfermeiros e de técnicos e o NAS. A carga de trabalho de enfermagem em pacientes com COVID-19 foi superior à dos pacientes sem COVID-19 nos primeiros dez dias de internação na UTI. |