Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Dall'Oglio, Aline |
Orientador(a): |
Rasia Filho, Alberto Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/10398
|
Resumo: |
O núcleo medial da amígdala (MeA) de ratos contém receptores para hormônios gonadais em quantidades similares às encontradas em vários núcleos do hipotálamo e modula diversos comportamentos sociais, inclusive o reprodutivo. Os objetivos deste estudo foram: 1) detalhar a morfologia dendrítica geral de neurônios de ratos, machos e fêmeas adultos, dos subnúcleos do MeA, a saber: ântero-dorsal (MeAD), póstero-dorsal (MePD) e póstero-ventral (MePV); 2) quantificar e comparar os aspectos relevantes da morfologia dendrítica; 3) e, baseados em dados empíricos, elaborar dendrogramas descrevendo diâmetros e comprimentos dendríticos que possam auxiliar na descrição de sua morfologia e possível função. Para tanto se empregou a técnica de Golgi e desenhos em câmara clara foram mensurados em computador. Com base nisso, o número de ramos dendríticos (por nível de arborização, desde primário até quaternário) e o comprimento dendrítico total foram submetidos à análise da variância multivariada (MANOVA). A distribuição dos dendritos em função da distância do soma foi estudada aplicando-se a técnica dos círculos concêntricos de Sholl, seguida por uma análise da variância (ANOVA) para medidas repetidas, com critério de Roy para teste de interação entre as variáveis. A distribuição espacial preferencial dos ramos dendríticos (nas coordenadas dorsal, ventral, lateral, medial e suas interações e subdivisões) foi estudada pela técnica da sobreposição de neurônios sobre grades de quadrados e submetida a um teste de χ2. Em todos os casos, o nível de significância estatística foi estabelecido em 5%. Nos três subnúcleos estudados do MeA, neurônios multipolares foram classificados como estrelados ou bipenachados, apresentaram arborização dendrítica esparsa e seus ramos dendríticos tiveram comprimentos variados. Diferença estatisticamente significante entre os sexos foi encontrada no número de ramos secundários no MeAD (maior em fêmeas, p < 0,05), mas principalmente, houve um padrão sexualmente dimórfico preferencial na distribuição dos ramos dendríticos nas coordenadas espaciais estudadas, nos três subnúcleos do MeA (como por exemplo, ramos preferentemente localizados medialmente em machos e em posição mais dorsal e ventro-medial em fêmeas, p < 0,01). Tais achados, que demonstram pela primeira vez uma diferença entre machos e fêmeas quanto à morfologia dendrítica, sugerem outra possível ação dos hormônios gonadais nos subnúcleos do MeA de ratos. Ademais, os resultados aqui apresentados podem ser integrados com dados hodológicos e com circuitos funcionalmente dinâmicos que são relevantes para a organização comportamental em ambos os sexos. |