Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Neves, Cinara Carneiro |
Orientador(a): |
Piva, Jefferson Pedro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/279371
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Resumo: |
Introdução: Pacientes pediátricos criticamente doentes precisam muitas vezes de suporte ventilatório invasivo para tolerar o tratamento clínico. Durante o período deste suporte, a sedoanalgesia faz parte da terapia essencial para o sucesso do cuidado. A busca por opções terapêuticas que sejam efetivas, bem toleradas e de baixo custo é essencial, especialmente em países com recursos mais escassos na saúde pública. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar as doses inicial (primeiras 6h), de manutenção (primeiras 24h) e pré-extubação (últimas 24h) de infusão contínua de clonidina em menores de 2 anos submetidos à ventilação mecânica. Verificando também as doses conforme indicação de ventilação mecânica, doses cumulativas de outros sedativos e o possível efeito hemodinâmico nestes pacientes. Métodos: Coorte retrospectiva, com coleta de dados de pacientes de Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) de Hospital terciário de referência no sul do país, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018 através de revisão de prontuário eletrônico. Além das doses avaliadas nos 3 momentos, do cumulativo de outros sedativos, analisamos também possível associação do uso da clonidina com o Vasoactive Inotropic Score (VIS), Frequência Cardíaca (FC), Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD) nestes intervalos. Resultados: Foram avaliados, 66 pacientes durante as 6 primeiras horas, 57 pacientes durante as primeiras 24 horas e 42 pacientes com clonidina em infusão contínua até o momento da extubação. Observada uma mediana de idade de 4 meses dentre estes e mais de 70% com idade inferior a 12 meses. As principais indicações de UTI foram bronquiolite viral aguda (56%) e pneumonia / Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) (15%). A mediana de infusão de clonidina nas primeiras 6 horas foi de 0,53 (IQ25-75% 0,49 – 0,88) mcg/kg/hr com aumento nas primeiras 24 horas para 0,85 (IQ25-75% 0,53 – 1,03) mcg/kg/h. Destaca-se que, no momento da extubação, 42 pacientes ainda estavam em uso de clonidina com mediana de 0,63 (IQ25-75% 0,54 – 1,01) mcg/kg/h. Após estratificação das doses de clonidina conforme as indicações de UTI e os três momentos, não foi observada diferença estatisticamente relevante nas doses infundidas. Infusão de clonidina não ocasionou mudanças significativas nas médias de VIS, FC, PAS e PAD. Conclusão: A clonidina demonstra ser uma opção de sedação com boa tolerância em pacientes pediátricos submetidos a ventilação mecânica, com doses semelhantes independente da indicação de internação em ambiente de UTIP. Nas doses utilizadas neste estudo, não se observaram alterações relevantes nas variáveis hemodinâmica. |