Sutis violências : a educação em tempos perturbados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Moura, Rosana Silva de
Orientador(a): Hermann, Nadja Mara Amilibia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256240
Resumo: Sutis violências: a educação em tempos perturbados é uma pesquisa teórica que pretende constituir um espaço de debate crítico em torno da temática indústria cultural, tendo em vista alguns efeitos produzidos por esta no campo da educação. Com isto quer contribuir ao saber educativo no que diz respeito à exposição dele à cultura mediática que no seu aspecto de massificação reforça o pensamento objetificador em relação aos sujeitos, dificultando o reconhecimento do outro e sua legitimidade histórica. Para o ensino da história este problema remete ao isolamento e esquecimento do outro na leitura social, dificultando o tempo presente. O referencial teórico nesta investigação parte, originariamente, da crítica sobre a cultura do capitalismo tardio que a primeira geração da Escola de Frankfurt produziu. Entretanto, respeitando o 'pensar crítico' defendido por aquela geração, a presente dissertação não fica encerrada nos limites daquela abordagem, recriando uma constelação teórica de pensadores diferentes, mas não extemporâneos, que denunciam na identidade cultural o dispositivo para a mera sobrevivência. A crítica inaugural de Adorno e Horkheimer à diabética do esclarecimento e o empreendimento de Benjamin em assegurar a experiência solidária, contribuem para o ensino da história e desestabiliza a razão unívoca. Por algum tempo os anseios modernos levaram a termo o intento do projeto de emancipação, porém escondendo suas próprias ambivalências. Os autores incitam ao abandono das ilusões teóricas em torno da construção de um mundo melhor sem que se toque nas feridas que o próprio sujeito moderno produziu em si e nos outros. Essa exposição provoca inquietações que podem vir a ser alimentadoras no processo educativo. A educação não deseja mais do que isto: abrir mais uma possibilidade para o pensar e discutir a formação do humano.