Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pesce, Luisa Ruzzarin |
Orientador(a): |
Lopes, Rita de Cassia Sobreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188169
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Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo investigar o “Lado B” da maternidade. É possível observar que existe um lado da maternidade que pode ser exibido e que vem acompanhado de valores como realização pessoal, conquista, plenitude e símbolo de feminilidade. O movimento de falar sobre o “Lado B” da maternidade busca, dessa forma, romper com essa visão romanceada do período, fornecendo um espaço de troca entre mães para que os conflitos em relação ao processo possam emergir. Trata-se de um estudo qualitativo envolvendo 101 blogs, cujos dados foram analisados através da análise temática. Partindo dos próprios dados, foram criados os seguintes temas: 1. Confrontação com o discurso da maternidade idealizada; 2. Relação conjugal; 3. Exigências do cuidar; 4. Experiência pessoal da mãe; 5. Sentimentos provocados pelo bebê; 6. Sentimentos de culpa e medo de não corresponder às expectativas sociais. Os resultados apontam que, durante o período de maior dependência vivenciado pelas mães, as mesmas referem sentimentos de desamparo, solidão e ambivalência em relação ao bebê. O confronto das expectativas em relação à maternidade idealizada com a vivência materna parece despertar nas mães pensamentos tais como se são, ou não, boas mães, o que acaba gerando, também, sentimentos de culpa. Ainda, foram encontrados relatos sobre as dificuldades maternas em lidar com os aspectos que permeiam a vida pessoal, social e conjugal. Além disso, os resultados sugerem que a escrita no blog acaba funcionando como um espaço, também, de escuta, onde as mães se sentem acolhidas - e não julgadas - para verbalizarem seus sentimentos em relação à maternidade. Ao se depararem com discursos que elucidam sentimentos semelhantes aos vivenciados por elas, as mães referem alívio, bem como diminuição da angústia e da culpa. Ainda, evidenciam uma demanda materna por espaços de compartilhamento das dificuldades inerentes à maternidade real, aspecto que pode apontar caminhos para futuras práticas profissionais. |