Estrutura populacional e status de conservação das populações de Liolaemus arambarensis (Squamata, Liolaemidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Martins, Lidia Farias
Orientador(a): Verrastro Viñas, Laura
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/141843
Resumo: Até o momento poucos estudos sobre a estrutura de populações da fauna foram realizados e a maioria das espécies ainda é categorizada por distribuição e extensão de ocorrência em fontes como a Lista Vermelha da IUCN. Estimativas populacionais precisas de parâmetros como abundância e sobrevivência são necessárias para avaliar o estado da população e para sugestão de atividades de manejo para as espécies e seus habitats. Por meio de modelos de marcação e recaptura e com o uso do modelo robusto de Pollock, estimamos o tamanho populacional, a sobrevivência e a detectabilidade em três populações da lagartixadas-dunas, Liolaemus arambarensis. Buscamos avaliar como a estrutura populacional da espécie reflete seu status de conservação e quais as relações com o habitat em que ela ocorre. O tamanho populacional para indivíduos maduros foi maior do que 250 indivíduos e menor do que 2500 indivíduos, o que confere, segundo a IUCN, com a categoria Em Perigo de extinção. Um diferencial do nosso estudo foi a viabilidade de estimarmos parâmetros populacionais para indivíduos jovens. Ainda assim, as estimativas para jovens foram bastante próximas dos valores para os adultos. A probabilidade de sobrevivência nos três grupos (fêmeas adultas, machos adultos e jovens) foi alta (variando de 0.74 a 0.85), ao passo que as probabilidades de captura e de recaptura foram baixas (variando de 0.01 a 0.22). Sugerimos fortemente que a espécie seja monitorada a longo prazo para detecção de padrões na flutuação das populações e possíveis declínios. Programas de monitoramento da espécie beneficiariam também as áreas de restinga arenosas da Planície Costeira do sul do Brasil, região extremamente fragmentada e que sofre por degradação e alteração de seu habitat. Com essas informações, haveria a possibilidade de planejar ações de conservação efetivas para diversos organismos ocorrentes nessas áreas.