Cristalização e morfologia do poli(ácido láctico) com agente nucleante heteropolissacarídeo de fonte natural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dartora, Paula Cristina
Orientador(a): Forte, Maria Madalena de Camargo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/192802
Resumo: O crescente acúmulo de embalagens plásticas no meio-ambiente tem gerado grande preocupação e motivado a busca por alternativas mais sustentáveis. Uma das alternativas é a utilização de embalagens biodegradáveis em substituição às atualmente utilizadas principalmente a base de poliolefinas. O poli(ácido láctico) (PLA) tem sido utilizado por ser biodegradável, pelo balanço de propriedades e baixo custo quando comparado a outros polímeros biodegradáveis. Um dos empecilhos à larga utilização do PLA se deve a sua baixa taxa de cristalização. Neste trabalho, goma de cajueiro (GC), um heteropolissacarídeo natural, foi investigada como agente de nucleação (1, 5 e 10% em massa) na cristalização do PLA. Foram avaliados filmes obtidos por vazamento em placa de Petry de dois tipos de PLA, de injeção (PLAI) e de filmes (PLAF). Os PLA/GCs foram avaliados quanto as propriedades térmicas, morfológicas e viscoelásticas, permeabilidade a oxigênio, aspecto quanto a cor e brilho, e degradação em câmara respirométrica. Verificou-se que a GC atuou como agente de nucleação na cristalização do PLA, observando-se um aumento da constante cinética de cristalização e um decréscimo do tempo de meia-vida de cristalização Por microscopia ótica acoplada a hot stage (MO-HOT) observou-se uma redução do tamanho dos cristalitos no PLA para injeção (PLAI), e maior fração de cristalitos no PLA para filme (PLAF). Não se observou alteração no módulo de armazenamento ou na Tg do PLA, bem como no tipo de fratura dos filmes por MEV. A adição de GC no PLA causou um aumentou na permeabilidade dos filmes e diferença visual perceptível na cor dos filmes. A cinética de degradação do PLA teve pouca ou nenhuma influência da GC, com exceção da amostra PLAF com 10% de GC que apresentou um decréscimo significativo na energia de ativação de degradação térmica em relação ao PLAF puro. Todas as amostras sofreram biodegradação na condição ensaiada. A GC mostrou ser um agente de nucleação efetivo para o PLA, e o teor de 5% foi o mais adequado para ambos os tipos de PLA.