Avaliação de toxicidade e potencial antioxidante in vitro e in vivo de kombucha de chá verde padronizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vargas, Bruna Krieger
Orientador(a): Ayub, Marco Antônio Záchia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/278747
Resumo: Kombucha é a bebida obtida através da fermentação de infusão ou extrato de Camellia sinensis e açúcares por cultura simbiótica de bactérias e leveduras microbiologicamente ativas (SCOBY). Seu consumo popularizou-se devido às suas possíveis propriedades funcionais, associadas principalmente aos seus compostos fenólicos (CF). Por ser um produto fermentado, a produção da kombucha não é padronizada e pode apresentar grande variação na sua composição, dificultando a comprovação dos efeitos benéficos do seu consumo descritos na literatura. Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil fenólico e a atividade antioxidante in vitro e in vivo de uma kombucha de chá verde padronizada, com o intuito de sugerir uma dose diária segura de consumo desta bebida. Além disso, objetivamos verificar o efeito da fermentação do chá verde na produção de duas kombuchas (padronizada e comercial) no seu perfil fenólico e atividade antioxidante in vitro em meio cell-free e em células VERO. Primeiramente, foi reproduzida uma kombucha de chá verde usando uma cultura starter definida contendo a bactéria Komagataeibacter saccharivorans (107 UFC•mL-1) e as leveduras Brettanomyces anomala (105 UFC•mL-1) e Kluyveromyces marxianus (106 UFC•mL-1). Três concentrações desta kombucha (25, 125 e 250 μL•mL-1) foram avaliadas quanto a marcadores de estresse oxidativo (in vitro) e no modelo biológico Caenorhabditis elegans exposto ao indutor de estresse H2O2. Após, para analisar o efeito da fermentação, comparamos o chá verde e duas kombuchas padronizada e comercial através da identificação e quantificação dos seus CF por HPLC-MS. Foi possível observar que a kombucha de chá verde padronizada em todas as doses avaliadas não produziu toxicidade in vivo e reduziu a geração de espécies reativas e os níveis de peroxidação lipídica induzidos pelo H2O2. Ainda, os resultados deste trabalho sugerem que a dose de 125 μL•mL-1 de kombucha de chá verde padronizada é a dose que melhor desempenhou atividade antioxidante no modelo in vivo de C. elegans, sendo equivalente a 600 mL de kombucha para consumo humano. Esta dose é uma sugestão inicial de consumo para a kombucha desenvolvida neste trabalho. Mais estudos são necessários, principalmente em humanos, para comprovar os benefícios antioxidantes da ingestão desta kombucha.