Controladores de elite do HIV e o desenvolvimento de vacinas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lunardi, Luciano Werle
Orientador(a): Vieira, Gustavo Fioravanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250268
Resumo: O HIV é um vírus altamente mutante, por isso a dificuldade em produzir uma vacina protetora, tanto preventiva como terapêutica. Mesmo com os benefícios dos antirretrovirais, a AIDS persiste como problema de saúde pública, especialmente na África. A resposta imune ao HIV pode ser humoral ou celular. Os pacientes controladores de elite têm carga viral indetectável ou muito baixa sem o uso de medicamentos. Essa condição parece relacionada à resposta T CD8. Alguns alelos HLA são relacionados a essa condição na literatura, especialmente HLA-B*27:05, B*57:01, B*57:03 e B*58:01. A genética do HIV também tem influência, com alguns alelos sendo protetores para um determinado subtipo, mas não para outros. Mutações em determinados epítopos permitem o escape viral mesmo para alelos relacionados à proteção contra a doença. Existe também a possibilidade do mesmo alelo selecionar diferentes vias de escape em grupos étnicos diferentes. Neste trabalho geramos mapas com as frequências dos alelos HLAs relacionados a EC nos países africanos com essa informação disponível e os subtipos do HIV mais frequentes nestes locais. Foram modelados 7 epítopos, avaliando afinidade de ligação, transporte pela TAP, clivagem pelo proteossomo e ranking total de processamento. Foram testadas sequências de HIV depositadas no Uniprot para os subtipos mais frequentes. Algumas mutações afetam a ligação ao MHC, outras têm impacto no ranking de processamento global. O epítopo TW10 foi considerado um bom candidato para abordagens imunoterapêuticas, pois todas as mutações encontradas em sua sequência mantiveram ligação ao MHC e alto ranking de processamento. Com este trabalho desenvolvemos um modo de estimar qual o melhor epítopo a ser usado num país baseado no HLA mais frequente e no subtipo de HIV mais prevalente, com um enfoque de “geotargeting”, o que apresenta um potencial inovador a ser aplicado no desenvolvimento de novas abordagens vacinais.