Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Clarissa Junqueira |
Orientador(a): |
Paulon, Simone Mainieri |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/237384
|
Resumo: |
Esse estudo integra a pesquisa “Inquérito sobre o funcionamento da atenção básica à saúde e do acesso à atenção especializada em regiões metropolitanas brasileiras”, que buscou analisar o funcionamento, a utilização e a qualidade da Atenção Básica à Saúde, bem como o acesso à Atenção Especializada. Os levantamentos realizados na Pesquisa Inquérito identificaram um grande número de usuários que são encaminhados para atendimento no Centro de Atenção Psicossocial, porém não se vinculam ao serviço. As equipes costumam usar o termo “não adesão” para se referir a essa ausência ou vinculação precária ao serviço. Como desdobramento do estudo maior realizado em 4 regiões metropolitanas brasileiras, essa pesquisa de mestrado tomou como foco os processos de adesão e não adesão a um Centro de Atenção Psicossocial, propondo um recorte nos dados da Pesquisa Inquérito relacionados, especificamente, à Saúde Mental, a fim de ampliar a compreensão sobre os aspectos que se articulam à Rede de Atenção Psicossocial. Para esse estudo específico, utilizou-se a metodologia cartográfica que foi se delineando em dois momentos: primeiramente, foi realizada uma análise documental do fluxo de acesso a um Centro de Atenção Psicossocial da cidade de Porto Alegre, referente ao período de 2015 a 2017. Num segundo momento, realizou-se uma busca ativa de alguns usuários que faltaram aos acolhimentos agendados, sendo realizadas 6 entrevistas semiestruturadas. As entrevistas possibilitaram acompanhar os percursos que cada usuário constrói em seu itinerário terapêutico, por vezes, utilizando os serviços da rede “formal” e, noutras, apesar deles. Resistir pareceu ser o verbo principal neste trabalho, pois inventar seus itinerários terapêuticos, mais do que se afastar do cuidado prescrito, foi-se desenhando como um aproximar-se de si mesmo. Para cada usuário, para cada momento do processo de cuidado de si, construir itinerários mais afeitos às suas vidas se apresentou como um exercício possível de autonomia. O levantamento dos acolhimentos agendados no Centro de Atenção Psicossocial demonstrou que os serviços que encaminharam os usuários são quase exclusivamente da área da saúde ou de moradia, o que sugere dificuldade de colocar a intersetorialidade em prática. Refletir acerca da coprodução das redes de saúde pode ajudar no reposicionamento dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial como espaços de criação de bons encontros, em consonância com a busca de aumento de potência de vida e de saúde de seus usuários. |