Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
França, Thales de Souza |
Orientador(a): |
Streit Júnior, Danilo Pedro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276260
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Resumo: |
A criopreservação de sêmen de peixes é uma técnica que pode aumentar a eficiência da reprodução em cativeiro de espécies de peixes. Durante as últimas décadas, foram estabelecidos protocolos para criopreservação do sêmen de diversas espécies peixes. Porém, os pesquisadores negligenciam o período em que os gametas ficam em contato com a solução crioprotetora após o descongelamento. A exposição dos espermatozoides às soluções crioprotetoras após o descongelamento pode ser tóxica às células.A maioria dos protocolos estabelecidos utilizam recipientes plásticos ultra resistentes para armazenar o sêmen durante a criopreservação. Esses recipientes normalmente não são reutilizados, gerando resíduos altamente poluentes ao meio ambiente. Assim, o principal objetivo da tese foi criar e testar metodologias de baixo custo que potencializem o uso de espermatozoides descongelados de peixes e torne o processo de criopreservação de sêmen menos poluente ao meio ambiente. Nos experimentos dos capítulos 2 e 3 utilizamos o jundiá cinza Rhamdia quelen, espécie considerada modelo experimental para os peixes nativos sul-americanos. No capítulo 2, testamos o uso da diluição do sêmen descongelado para diminuir a toxicidade da solução crioprotetora. As amostras descongeladas de sêmen de jundiá cinza foram diluídas em um diluidor salino (NaCl). Observamos que os espermatozoides das amostras diluídas apresentaram maiores velocidades e capacidade reprodutiva que as amostras não diluídas. Desta forma, a diluição do sêmen descongelado de jundiá se mostrou que deve ser incluída no protocolo de criopreservação do sêmen da espécie. Nos capítulos 3 e 4 desenvolvemos e testamos a metodologia de uso das cápsulas de gelatina e das cápsulas de hipromelos e como um recipiente alternativo ao uso das palhetas plásticas na criopreservação do sêmen de peixes. No segundo capítulo, observamos que as cápsulas biodegradáveis mantiveram os parâmetros cinéticos e a capacidade reprodutiva dos espermatozoides de jundiá cinza tão bem quanto as palhetas plásticas. Assim, as cápsulas podem ser utilizadas como um recipiente alternativo ao uso das palhetas plásticas na criopreservação de sêmen dessa espécie.O experimento do capítulo 4 foi realizado na Espanha. Nós aplicamos a metodologia desenvolvida no capítulo 3 para a criopreservação do sêmen de enguia europeia Anguilla anguilla, dourada Sparus aurata e robalo europeu Dicentrarchus labrax. Nessas três espécies, as cápsulas biodegradáveis preservaram os parâmetros cinéticos e a integridade de membrana dos espermatozoides tão bem quanto as palhetas plásticas. Observamos que os danos de DNA das amostras de sêmen de enguia europeia e robalo europeu criopreservadas em cápsulas e palhetas não se diferiram. Por outro lado, as amostras de sêmen de dourada mostraram maior dano de DNA. Porém, o nível de dano que observamos nas amostras armazenadas em cápsulas é considerado baixo, assim podem não comprometer o desenvolvimento embrionário. Concluímos que as cápsulas de gelatina e as cápsulas biodegradáveis de hipromelos e podem ser utilizadas como recipientes alternativos ao uso das palhetas plásticas para a criopreservação do sêmen das três espécies de peixes mediterrâneas. |