O Elo entre a sepentinização, transporte de sílica, carbonatos e sedimentação rift

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Portella, Yuri de Melo
Orientador(a): Conceição, Rommulo Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266145
Resumo: As reações de serpentinização são fundamentais para entender a atividade hidro-geotérmica em cordilheiras meso-oceânicas, ofiolitos e maciços ultramáficos, bem como a transferência de fluidos e elementos entre o manto e a crosta terrestre. Em margens divergentes, o rifteamento e extensão levam ao afinamento crustal, tornando o manto litosférico subcontinental suscetível à infiltração de água e desencadeando sua serpentinização generalizada. Neste trabalho demonstramos experimentalmente que a interação de água salina com peridotitos a 230 °C e 13,4/20,7 MPa com razão fluido/rocha constante (4:1) gera fluidos hipercalcalinos altamente redutores enriquecidos em hidrogênio, metano, cálcio e sílica em menos de 6 semanas. Os fluidos derivados da serpentinização desenvolvem pH cada vez mais elevado (até 11,3 ± 0,1), sustentando concentrações cada vez maiores de sílica dissolvida e, portanto, tornam-se potenciais agentes transportadores. Propomos um novo modelo de serpentinização e também que a circulação de fluidos através de falhas em escala litosférica influencia diretamente a sedimentação e diagênese em riftes. Tais fluidos de serpentinização forneceriam os elementos necessários e condições de pH e oxi-redução para que carbonatos com mineralogias exóticas (± silicatos magnesianos ± polimorfos de silica) possam se formar em bacias restritas, como as do pré-sal do Atlântico Sul. O transporte de sílica tem implicações para a evolução de bacias ao longo da história do planeta, desde a sedimentação química nos oceanos arqueanos à silicificação moderna nos lagos do rift africano.