Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Caroline Damazio da |
Orientador(a): |
Meneghel, Stela Nazareth |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/224526
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Resumo: |
A implementação do Programa Mais Médicos (PMM), em 2013, no Brasil, proporcionou mudanças no perfil de profissionais que realizam atendimentos na Atenção Básica em Saúde, estimando-se que essa mudança tenha garantido melhorias quanto à equidade de gênero e a integralidade do cuidado. Mesmo havendo estudos e avaliações em relação ao programa, ainda há aspectos a serem explorados referentes aos métodos e ao manejo clínico realizado por esses profissionais. Além disso, o programa foi prematuramente encerrado e os médicos cubanos, apesar da avaliação positiva e satisfação expressa pela população, tiveram que sair do país. Esta pesquisa tem como objetivo analisar conversas entre profissionais de saúde do Programa Mais Médicos e mulheres atendidas na atenção básica, na ótica do cuidado em saúde e na perspectiva de gênero e da fala em interação. Em um momento em que a discussão acerca da interação médico-paciente revela-se tema de reflexão em diferentes áreas da saúde, busca-se entender de que modo se dá o cuidado nas consultas realizadas por profissionais do PMM. Para isso foram observadas e gravadas conversas produzidas em consultas realizadas por dois médicos do programa, em um total de 10 consultas médicas realizadas em Unidades Básicas de Saúde da cidade de Porto Alegre. A metodologia é qualitativa e analisa as falas em interação sob a perspectiva da Análise da Conversa, que entende a fala como uma forma de ação social. Duas categorias de análise emergiram destas interações: a relação médico-paciente como categoria central para análise do cuidado e processos de medicalização. A hierarquia presente na relação de médicos e pacientes ficou diluída nestas consultas, evidenciada pelos cumprimentos cordiais, pela designação das pessoas pelo nome e no tuteio dos pacientes aos médicos, no tempo de escuta disponibilizado para ouvir as queixas sem interrupções, assim como em relação a outras perguntas e dúvidas não relacionadas ao motivo da consulta. Esse estudo aponta potencialidades e fragilidades da atuação médica desses profissionais em relação ao cuidado e avança no diálogo sobre a humanização em saúde. |