Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Menegat, Carla |
Orientador(a): |
Guazzelli, Cesar Augusto Barcellos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/140904
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Resumo: |
A presente tese tem como objetivo analisar as reivindicações dos estancieiros brasileiros estabelecidos no norte do Estado Oriental do Uruguai e dirigidas às autoridades do Império do Brasil no período que compreende o fim da Revolução Farroupilha e o início da Guerra do Paraguai. A ocupação da campanha norte do Uruguai por criadores de gado luso-brasileiros remonta ao fim do período colonial, passando pelas arreadas de gado selvagem realizadas nas décadas finais do século XVIII e se consolidando como ocupação estável a partir da marcha do “Exército Pacificador” em 1811. Par a par com as expedições militares grandes porções de terra passaram a ser ocupadas e concedidas como sesmarias. Nos anos 1830, 1840 e 1850, o avanço dos brasileiros desde o Rio Grande do Sul em direção aos territórios no interior da campanha se intensificou. Com o início em 1839 da Guerra Grande, o conflito civil que dividiu o Estado Oriental em dois governos, as reclamações de indivíduos de nacionalidade brasileira começaram a ser recebidas com cada vez maior frequência pelas autoridades diplomáticas. Inicialmente localizadas na capital uruguaia, onde a facção política dominante dos colorados aboliu a escravidão em 1842, num movimento orientado a melhores condições de recrutamento, as reclamações se avolumaram na campanha norte, majoritariamente ocupada por estancieiros riograndenses, a partir de 1847. A partir desse momento, as reclamações sobre violências contra os direitos dos súditos do Império brasileiro se concentraram na outra facção, os blancos. Analisando essas reclamações o objetivo aqui foi compreender como a política de ambas as facções se relacionava com as pretensões dos brasileiros em relação a suas propriedades no Estado Oriental e quais foram os mecanismos sociais e políticos que esses estancieiros construíram e acionaram para garantir o atendimento de seus pleitos. |