Homogeneização e diferenciação biótica em florestas tropicais e subtropicais : perspectivas temporais e espaciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Kramer, Jean Marlon Freitag
Orientador(a): Müller, Sandra Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/289653
Resumo: A distribuição da biodiversidade é heterogênea ao longo da Terra, sendo influenciada por uma série de fatores, incluindo o clima, a distância geográfica e as atividades humanas. No contexto do Antropoceno, os impactos das atividades humanas desempenham um papel central neste cenário, mudando drasticamente a biodiversidade. Esses impactos podem mudar a composição das comunidades e resultar nos processos de homogeneização e diferenciação biótica. Embora majoritariamente estudados em peixes e plantas no Hemisfério Norte, os processos de homogeneização e diferenciação ainda precisam de maior compreensão em ecossistemas tropicais e subtropicais. Nesta tese exploramos os processos de homogeneização e diferenciação biótica em comunidades de plantas em florestas tropicais e subtropicais adotando perspectivas temporais e espaciais. No capítulo 1 buscamos compreender o atual estado da arte de ambos os processos. No capítulo 2 adotamos uma perspectiva temporal, examinando mudanças na diversidade taxonômica e funcional de árvores ao longo do tempo na Mata Atlântica subtropical brasileira. No capítulo 3 adotamos uma perspectiva espacial, avaliando os efeitos de variáveis da paisagem, distância espacial, e clima sobre a diversidade de árvores dentro de paisagens ao longo da Mata Atlântica brasileira. Como principais conclusões, no capítulo 1 destacamos que os processos de homogeneização e diferenciação dependem da escala (temporal e espacial) e do tipo de distúrbio humano, e que podem ocorrer de forma inter-relacionada. No Capítulo 2, revelamos a maior sensibilidade da diversidade beta em comparação com a diversidade alfa para capturar mudanças na biodiversidade, sugerindo uma homogeneização biótica ao longo do tempo. Além disso, ressaltamos a importância de manter parcelas permanentes para o monitoramento a longo prazo das comunidades. No Capítulo 3, ressaltamos que as variáveis de paisagem e a distância espacial se mostraram como as variáveis mais relevantes afetando a diversidade de árvores, indicando uma homogeneização conduzida pela fragmentação de habitats em paisagens ao longo da Mata Atlântica. Entender os processos de homogeneização e diferenciação biótica se torna fundamental para compreender o destino das comunidades ecológicas em um mundo cada vez mais impactado pelas atividades humanas.