Educação física e saúde mental: uma prática de cuidado emergente em centros de atenção psicossocial (CAPS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Wachs, Felipe
Orientador(a): Fraga, Alex Branco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/14069
Resumo: Esta dissertação trata da relação entre educação física e saúde mental e tem como principal objetivo discutir os sentidos que circulam em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) sobre a presença de professores de educação física e sobre as práticas desenvolvidas por eles no interior desse serviço. Sustenta-se no aporte teórico da Reforma Psiquiátrica e inspira-se metodologicamente na cartografia. Através da análise documental da legislação pertinente, de relatórios das conferências nacionais de saúde mental, da produção científica encontrada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME) e posterior “garimpagem” manual de outros textos acadêmicos; foram traçados movimentos de aproximação entre as políticas públicas em saúde mental e a educação física. O trabalho de campo foi realizado em três CAPS (do tipo II) da 1ª Coordenadoria Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, os quais possuíam professores de educação física na composição de suas equipes. As observações variaram entre dois meses e um ano, e foram registradas em diários de campo. Do material produzido em campo foram selecionadas seis vinhetas que permitem visualizar pontos de tensão entre educação física e saúde mental no CAPS. Ao final da investigação foi possível perceber que a presença dos professores no CAPS exige destes a incorporação de códigos e funções sociais da instituição que não se resumem à simples implantação de programas de atividade física no interior do serviço, o que permite vislumbrar a constituição de uma “educação física que emerge do CAPS”, em contraposição a uma “educação física imposta no CAPS”. Ao mesmo tempo, a presença de professores e de suas práticas mobiliza códigos e funções na busca por outras formas de organizar o cuidado em saúde mental, identificadas com a reinserção social, a desinstitucionalização e a humanização.