Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Krimberg, Júlia Schneider |
Orientador(a): |
Almeida, Rosa Maria Martins de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248673
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Resumo: |
A adolescência é marcada por mudanças neuronais e cognitivas que possibilitam o desenvolvimento saudável dos indivíduos. A falta de socialização pode ter resultados negativos duradouros, incluindo maior vulnerabilidade à ansiedade e ao uso de drogas. Sabendo que roedores têm na interação social um reforçador natural, e aliada à ideia de que a ocitocina possui ação moduladora do comportamento social, a presente dissertação buscou investigar o comportamento social de animais estressados por isolamento social e sua relação com o sistema ocitocinérgico, destacando a escolha dos animais entre dois reforçadores, interação social e substância de abuso (metilfenidato). Para isso foram realizados dois estudos. O primeiro foi uma meta-análise com o objetivo de elucidar o efeito do isolamento social no sistema ocitocinérgico e no comportamento de ratos e camundongos. Após, foi realizado um estudo experimental para avaliar os efeitos da privação social na escolha entre interação social e metilfenidato. Para isso, 78 ratos Wistar adolescentes (PND21-57) foram distribuídos igualmente em 3 grupos pareados por sexo: Agrupado (GH: group-housed), Isolado (ISO) e Estímulo (ST: Stimulus). Apenas o grupo ISO foi submetido ao isolamento social, pela duração total do experimento, enquanto os animais GH e ST foram mantidos em gaiolas com 3 a 4 animais. Entre os dias 35 e 47 de vida dos animais foi realizada sensibilização ao metilfenidato (2.5 mg/kg), e entre os dias 51 e 56 foram realizados procedimentos de condicionamento ao local, condicionando a droga (metilfenidato) à uma câmara e interação social à outra câmara. No dia 57 de vida os animais foram submetidos ao teste de preferência por local, de modo a expressar comportamento de escolha entre a câmara condicionada à droga ou à interação social. Os parâmetros atividade locomotora dos animais, comportamento tipo-ansioso e memória de curto prazo também foram avaliados. Como resultado, no primeiro estudo verificamos que o isolamento social reduziu o número de receptores ocitocinérgicos em diversas áreas encefálicas e aumentou comportamentos agressivos e tipo-ansiosos nos animais pesquisados. No segundo estudo, encontramos que o isolamento social causou preferência à interação social apenas em ratos machos, enquanto não foi evidenciada preferência por metilfenidato em nenhum grupo. Em relação às demais variáveis comportamentais, verificamos que houve uma redução do comportamento tipo-ansioso de fêmeas isoladas apenas. Desta forma, entendemos que o contato social pode ser compreendido como um reforçador potente, superando (machos ISO) ou se igualando (machos GH e fêmeas GH e ISO) à droga. Ademais, a influência dos receptores de ocitocina neste processo é desconhecida, visto que a hipótese inicial era de que redução no número destes receptores em animais isolados, evidenciado no primeiro estudo, levaria a uma redução na busca por interação social. Sugere-se uma investigação detalhada desses processos especialmente em fêmeas, já que foi encontrada diferença entre sexos no estudo experimental, mas uma análise separada por sexos não foi possível na meta-análise pelo uso não frequente de fêmeas em estudos experimentais. |