Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Caye, Arthur |
Orientador(a): |
Rohde, Luis Augusto Paim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199074
|
Resumo: |
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno comum do neurodesenvolvimento que afeta crianças, adolescentes e adultos. O diagnóstico de TDAH estão consistentemente associados com desfechos adversos em qualquer idade. Nesta tese, nós nos dedicamos ao estudo do curso do TDAH da infância até a idade adulta, focando em três perspectivas. Primeiro, discutimos a idade de início do TDAH. Historicamente, o TDAH foi identificado e descrito pela primeira vez em crianças. Estudos clínicos prospectivos de crianças com TDAH descobriram que o transtorno pode persistir até a idade adulta, e o conceito de TDAH adulto permaneceu conectado a um transtorno de início na infância. Manuais diagnósticos incluíram idade de início na infância como um critério central para um diagnóstico válido de TDAH na adolescência e idade adulta. Entretanto, estudos recentes desafiaram a validade empírica deste critério, sugerindo que muitos casos de TDAH na idade adulta podem ter um início tardio. Nesta tese, apresentamos nossa contribuição nesta área com dados originais de uma coorte de nascimento no Brasil, e uma discussão teórica a respeito da evidência disponível sobre o assunto. Na segunda perspectiva, nossa pesquisa tentou identificar crianças que estão em risco para persistir com TDAH ao longo da adolescência (para aquelas já afetadas pelo transtorno) ou desenvolver TDAH ao longo do seu desenvolvimento até o início da idade adulta. Embora diversos fatores de risco sejam conhecidos, a literatura é heterogênea, os achados são por vezes contraditórios, e existe pouca tradução da evidência para a clínica. Nós revisamos e meta-analisamos a evidência disponível em fatores de risco para a persistência de TDAH, produzindo assim estimativas sumarizadas de risco para diversos fatores conhecidos. Em um segundo estudo, desenvolvemos e validamos uma calculadora de risco multivariada que agrega vários destes fatores em uma predição de risco individualizada e acurada. Esta ferramenta está disponível gratuitamente on-line, e pode ser usada em contextos clínicos e de pesquisa. Na terceira perspectiva, investigamos o efeito da imaturidade relativa, pelo qual crianças que nasceram mais tarde no ano letivo são mais frequentemente diagnosticadas com TDAH. Nós revisamos e meta-analisamos a evidência disponível, e analisando dados de três grandes coortes comunitárias no Brasil. O efeito da imaturidade relativa é uma demonstração conceitual da importância de adaptações desenvolvimentais na gênese de sintomas de TDAH, que podem influenciar sua emergência ao longo da infância, adolescência ou idade adulta. |