Prevalência de OPCS (células precursoras de oligodendrócitos) em gliomas é determinante para o estabelecimento de condições autênticas de cultivo e para a identificação de alvos terapêuticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ledur, Pítia Flores
Orientador(a): Lenz, Guido
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/141886
Resumo: Glioblastomas Multiformes (GBM) são tumores do Sistema Nervoso Central com altas taxas de invasibilidade e grande resistência a quimio e radioterapias, cuja origem foi inicialmente atribuída a células tronco neurais (NSCs). Mais recentemente, trabalhos de rastreamento de linhagem celular (lineage tracing) revelaram que a célula de origem em GBM, ao menos para certos subtipos, é na verdade a célula precursora de oligodendrócitos (OPC). A identificação da origem do tumor pode auxiliar na compreensão da doença e no desenvolvimento de terapias mais eficazes. OPCs são células com grande capacidade migratória e constituem a população de células cerebrais mais proliferativamente ativa, características compatíveis com a biologia de glioblastomas. Neste trabalho criamos uma meta-assinatura de OPCs que, quando aplicada a amostras populacionais e de céulas únicas de GBMs humanos, indica a presença de características de OPCs em virtualmente todos os tumores, principalmente dentre os do subtipo Proneural. Apesar disso, o cultivo de GBMs in vitro tem sido tradicionalmente realizado em meio próprio de NSCs, como forma de preservar as características originais do tumor. Entretanto, no caso de OPC ser a verdadeira célula de origem, o ideal seria a utilização de meio próprio para esta célula. Utilizamos meio padrão para NSCs e meio para OPCs em linhagens de camundongo bem como em biópsias humanas. Meio de NSCs provoca alterações morfológicas e em marcadores, enquanto meio de OPCs mantém as células mais similares ao tumor que lhes deu origem. Principalmente, meio de NSCs reduz o potencial tumorigênico das células in vivo, e faz com que alvos errôneos sejam identificados na resposta a drogas, devido à expressão de marcadores nãoautênticos pra célula de origem. A análise de gliomas humanos indica que a população proliferativamente ativa expressa marcadores de OPCs, independentemente do subtipo em que o tumor foi classificado. Assim, concluímos que o papel de OPCs no desenvolvimento de GBMs é mais importante do que se imaginava, e que a utilização de meio de cultivo baseado na célula de origem é fundamental para a correta identificação de alvos terapêuticos.