Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Régis do Amaral |
Orientador(a): |
Knorst, Marli Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/278556
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Resumo: |
Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam dispneia na evolução da doença e podem relatar fadiga. Os fatores associados à fadiga foram parcialmente estudados na DPOC. Objetivo: Estudar a prevalência de fadiga e a relação entre fadiga, gravidade da doença, estado funcional, qualidade de vida e alterações de humor na DPOC. Métodos: Estudo transversal prospectivo. Pacientes com DPOC (n=95, 60 mulheres) realizaram questionários, espirometria e teste de caminhada de 6 minutos (TC6m). A fadiga foi medida usando a versão abreviada de 13 itens da escala Functional Assessment of Chronic Illness Therapy (FACIT-F). A qualidade de vida foi avaliada pelo Questionário Respiratório de Saint George (SGRQ) e a ansiedade e depressão pelos inventários de ansiedade e depressão de Beck, BAI e BDI, respectivamente. A dispneia nas atividades foi avaliada pela escala Medical Research Council modificada (MMRC) e o impacto da doença pela escala de avaliação da DPOC (CAT). As associações entre fadiga e outras variáveis foram examinadas usando a correlação e regressão linear. Um valor de p<0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram incluídos 95 pacientes, com média de idade foi de 60,7 ± 7,9 anos. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF 1 ) foi de 0,94 ± 0,48 l, 36,2 ± 17,7% do previsto e em 77 pacientes (82,1%) a DPOC era grave ou muito grave. A prevalência de fadiga clinicamente significativa foi de 90,5%. Na estratificação pela intensidade da fadiga , o grupo com mais fadiga tinha maior carga de sintomas, piores escores MMRC, CAT e BODE (p<0,05), sem diferença nas variáveis funcionais. A fadiga se relacionou com o SGRQ (r=-0,661; p<0,001), BAI e BDI (r S =-0,399; r S =-0,385; p<0,001), MMRC (r S =-0,289; p=0,005), CAT (r=-0,458; p<0,001) e BODE (r=-0,259; p=0,001. Não houve correlação entre fadiga e variáveis funcionais como VEF 1 ou distância no TC6m (p>0,05). A dispneia no TC6m e o escore total do SGRQ explicaram 47 % da variabilidade da fadiga (r=0,69, r 2 =0,47; p<0,0001). Conclusões: A prevalência de fadiga foi elevada e ela se associou com a qualidade de vida, os sintomas e os escores de gravidade da doença que representam desfechos importantes na perspectiva do paciente. Não foi observada correlação entre fadiga e variáveis de função pulmonar ou capacidade de exercício em pacientes com DPOC. |