Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Aguilar, Adriana Patricia Arias |
Orientador(a): |
Pereira, Maria João Veloso da Costa Ramos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/245940
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Resumo: |
Investiguei a variação geográfica nos chamados de ecolocalização de morcegos neotropicais não filostomídeos em relação a fatores climáticos e ecológicos. Testei as hipóteses Sensory Drive e Jame´s rule para determinar se a componente de frequência constante dos chamados de ecolocalização do morcego pescador Noctilio leporinus ao longo da sua distribuição geográfica é influenciada pelo clima, o tamanho corporal e a relação com a filogenia da espécie (Capítulo II); estudei a variação acústica dos chamados de ecolocalização dos grupos de espécies Pteronotus fulvus x P. davyi, e P. psilotis x P. personatus nas zonas de contacto na América Central tentando elucidar diferenças acústicas associadas à distribuição geográfica teórica das espécies e a existência de distintos grupos fônicos (Capítulo III); e finalmente, descrevi os padrões espaço-temporais e espectrais de diversas comunidades acústicas de morcegos do Cerrado e do Pantanal, em relação a diferenças microclimáticas e tipo de habitat (Capítulo IV). Em paralelo, desenvolvi e divulguei diversos materiais gráficos de comunicação da ciência (Material de divulgação) (Capítulo VI). De acordo com a hipótese Sensory Drive, as frequências dos chamados de ecolocalização das espécies ao longo da sua distribuição variam em resposta a diferentes condições de atenuação atmosférica. De acordo com a Jame´s rule, para uma única espécie, o tamanho do corpo correlaciona-se com as condições de umidade e temperatura. Assim, investiguei a influência de fatores climáticos (umidade e temperatura) e do tamanho do corpo na variação geográfica dos chamados de ecolocalização de N. leporinus em um gradiente de umidade e temperatura ao longo da sua distribuição geográfica. Encontrei diferenças significativas na porção de frequência constante dos chamados de ecolocalização da espécie explicada principalmente pela umidade e pelo tamanho do corpo, apoiando parcialmente as duas hipóteses. A extensão em que as frequências mudam devido à variação do clima ou variação do tamanho do corpo mediada pelo clima difere entre as subespécies (tamanhos), sugerindo que tanto a seleção ecológica quanto a história filogenética desempenham um papel importante na divergência acústica da espécie. Para avaliar a variação acústica dos chamados de ecolocalização de grupos de espécies do gênero Pteronotus na América Central realizei um agrupamento hierárquico de k-means sobre componentes principais (HCPC) usando amostras acústicas do México, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. Avaliei se essas diferenças acústicas estavam relacionadas com a distância e a localização geográficas. Encontrei evidências de simpatria para três grupos fônicos dentro de cada complexo de espécies, sem uma correspondência clara com a distribuição conhecida das espécies, sendo que as mudanças de frequência dos chamados de ecolocalização seguem um padrão semelhante à variação geográfica das espécies no tamanho do corpo. Concluo que estudos futuros na América Central deverão incluir a captura de espécimenes, marcação e gravação acústica individual para ajudar na resolução do dilema de distribuição levantado aqui. Finalmente, investiguei como a informação acústica (complexidade acústica) das primeiras duas horas de atividade dos morcegos após o pôr do sol muda em resposta à temperatura do ar, umidade relativa e tipo de habitat em comunidades de morcegos amostradas no Cerrado e Pantanal brasileiros. Encontrei padrões espectrais e temporais idiossincráticos nas diversas localidades amostradas no Cerrado e no Pantanal e um efeito significativo e positivo da temperatura na quantidade de informação acústica. Estudos anteriores sugerem que a temperatura é um fator que influencia a atividade de forrageio dos morcegos insetívoros, além da intensidade dos chamados de ecolocalização por meio do efeito da atenuação atmosférica do som. Estudos futuros são necessários para avaliar os efeitos das condições climáticas e da atividade dos morcegos na quantidade de informações capturadas pelos índices acústicos. |