Alterações astrogliais em ratos wistar submetidos à estimulação transcraniana por corrente contínua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Zin, Lisandra Eda Fusinato
Orientador(a): Goncalves, Carlos Alberto Saraiva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/258722
Resumo: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) consiste na aplicação de corrente elétrica sobre o córtex cerebral, sendo atribuída para diversas patologias, incluindo a dor, inflamação, epilepsia e depressão. É uma técnica de neuromodulação central, de baixo custo, não invasivo e indolor; compreende a aplicação de uma corrente elétrica 0,5 – 2 mA, contínua fraca, aplicada através de pequenos eletrodos (cátodo e ânodo) durante 15-20 minutos, sobre o córtex motor primário (M1) posicionados no escalpo íntegro em modelos animais. A corrente anodal despolariza a membrana celular, enquanto a catodal a hiperpolariza. ETCC é considerada um tratamento adjuvante e muitas vezes podendo substituir como por exemplo, fármacos antidepressivos, anticonvulsionantes e opioides, por se tratar de uma terapia não farmacológica de fácil execução, baixo custo e sem efeitos adversos de grandes proporções. Seus mecanismos de ação não estão totalmente elucidados, o que limita o seu potencial terapêutico em diversas áreas da saúde, bem como, a base celular e molecular de mecanismo de ação de ETCC ainda foi pouco esclarecida. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo geral demonstrar que uma única sessão de ETCC bimodal (20 min, 0,5 mA), aumentaria o limiar de dor induzida por estímulos mecânicos e térmicos, avaliados pelos testes de von Frey e placa quente, respectivamente. O trabalho foi executado em duas etapas: (1) Avaliação do efeito temporal da ETCC sobre parâmetros inflamatórios e gliais no córtex cerebral (resultados já publicados, capítulo 1) e (2) Avaliação das mudanças astrogliais – celulares e funcionais no hipocampo induzidas pela ETCC (manuscrito em preparação, capítulo 2). Assim, foi testada a hipótese que o tratamento com ETCC bimodal provocaria alterações de curto prazo em astrócitos no córtex cerebral e hipocampais nos ratos após trinta minutos da estimulação elétrica. Avaliando, os marcadores astrogliais no córtex cerebral total, apresentou diminuição da proteína ligante de cálcio (S100B) e em relação a proteína ácida fibrilar glial (GFAP) não ocorreu diferença significativa em animais submetidos à eletroestimulação. O mesmo, ocorreu no hipocampo, sendo analisado também, a captação de glutamato, glutamina sintetase (GS), que sofreu aumento e conteúdo de glutationa (GSH) onde ocorreu diminuição em animais eletroestimulados. O líquido cerebroespinal (LCR) também foi coletado, e apresentou alteração na proteína S100B em animais estimulados eletricamente com a ETCC. Estes dados poderão dar suporte a eficácia para aplicação da ETCC em ratos, para diversas situações como dor inflamatória e neuropática e posterior aplicação em seres humanos.