Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rugeri, Guilherme Augusto de Oliveira |
Orientador(a): |
Gasparin, Fabiano Perin |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/239699
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Resumo: |
Os cenários mundiais de preocupação ecológica e de sustentabilidade têm gerado inúmeras mudanças no uso das tecnologias nas áreas de energia. Preocupados com a segurança energética, os países têm enfrentado o paradigma de manterem-se autossuficientes, em termos energéticos, ao mesmo tempo em que combatem a insustentabilidade ambiental. Neste contexto, uma das maiores contestações está nas frotas de veículos automotores, responsáveis por cerca de 51% da emissão total de CO2 no Brasil. Existem notórias evidências que a substituição das frotas de ônibus a combustão por ônibus puramente elétricos reduz o impacto ambiental, com um incremento de custo cada vez menor. No entanto, as incertezas com relação aos custos totais, a adequação da legislação vigente e os incentivos governamentais, presentes e futuros, ainda fazem com que os responsáveis pela eventual mudança sejam conservadores e mantenham a operação baseada nos ônibus a diesel. Este estudo tem como objetivo analisar a frota pública de ônibus da cidade de Porto Alegre, comparando sua execução atual, baseada nos ônibus a diesel, com situações hipotéticas em que são introduzidos percentuais de 10, 20 e 30% da frota de ônibus puramente elétricos, equivalentes em características aos substituídos, considerando os custos divulgados pela prefeitura local atualizados e pesquisas de mercado. Para isto, foram criados três cenários, devido às incertezas futuras: padrão (atual), favorável aos ônibus elétricos e favorável aos ônibus a diesel. Dentro de cada cenário, foram definidas variáveis que permitiram o cálculo do custo total de propriedade (total cost of ownership - TCO) individual de cada modelo de ônibus e, posteriormente, da composição da frota desejada. Os resultados foram separados em econômicos e ambientais. Economicamente, foi identificado o TCO do ônibus elétrico entre 97 e 118% do TCO do ônibus diesel, de acordo com o cenário adotado, o que faz com que o TCO da frota varie entre US$ 2,93 e US$ 3,14 por quilômetro rodado. Ambientalmente, a não emissão de poluentes durante a operação dos ônibus elétricos faz com que haja uma redução de 17.149,18 toneladas anuais de gases de efeito estufa para cada 10% de ônibus elétricos introduzidos à frota do município. Concluiu-se, com isso, que existe tendência no aumento de competitividade entre as duas tecnologias estudadas para o futuro. As menores emissões de gases e poluentes dos ônibus elétricos tendem a compensar cada vez mais o incremento dos custos para sua implantação. A análise em longo prazo apresenta-se mais favorável para o ônibus elétrico, uma vez que os custos em infraestrutura para implantação já terão sido amortizados. No entanto, ainda é necessário respaldo governamental, para adequação da legislação e incentivos, para que a frota de ônibus possa ter um percentual maior de ônibus elétricos. |