Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Timbe, Palmira Penina Raúl |
Orientador(a): |
Brandelli, Adriano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248501
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Resumo: |
A crescente busca por alimentos naturais e com alto teor de nutrientes, incentiva pesquisas sobre antimicrobianos naturais, como uma forma de conservação de alimentos alternativa aos antimicrobianos sintéticos e a altas temperaturas. Neste estudo, foi investigada a atividade antimicrobiana de bioativos de Baccharis dracunculifolia DC, planta popularmente conhecida como Alecrim-do-campo. Inicialmente, foi avaliada a ação do óleo essencial (OE) e extrato hidroalcóolico (EH) de B. dracunculifolia DC contra 32 cepas de bactérias e 3 cepas de leveduras, através do teste disco-difusão, para selecionar a formulação com maior espectro de ação para os testes subsequentes. O OE e o EH apresentaram atividade antibacteriana, e o OE apresentou maior espectro. Na sequência, o OE foi combinado com nisina, para avaliar seu efeito sinérgico frente a Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Bacillus cereus e Salmonella Enteritidis. O sinergismo foi avaliado através da curva de crescimento microbiano em caldo Brain Heart Infusion (BHI) por 24 h a 37 oC. O OE e a nisina tiveram efeito sinérgico sobre todas cepas, por apresentar uma diferença superior a 4 log UFC/mL em relação aos antimicrobianos individuais as 24 h. Por último, foram desenvolvidas nanopartículas de Eudragit® RS100 carregadas de OE (N-OE) pela técnica de nanoprecipitação, seguida pela sua caracterização e avaliação da atividade antimicrobiana. As N-OE, apresentaram tamanho de 151,6 nm, índice de polidispersão (PDI) de 0,08, potencial zeta (ζ) de + 51,7 mV, e eficiência de encapsulação (EE) de 99,4%. A ação antimicrobiana das N-OE e do OE, foi avaliada através da curva de crescimento microbiano, em caldo BHI, leite ultrapasteurizado integral e desnatado a 37 oC por 24 h. No meio sintético, o efeito foi testado contra L. monocytogenes, S. aureus, B. cereus e S. Enteritidis, e observou-se que a ação das N-OE foi mais lenta em relação ao OE, por não ter se detectado nenhuma célula viável na contagem de colônias para todas cepas em 24 h, tendo o OE alcançado o mesmo efeito as 4 h, sugerindo-se uma liberação controlada do OE encapsulado. No leite, a ação foi testada contra L. monocytogenes, onde no integral as N-OE e o OE não demostraram efeito antimicrobiano, enquanto que no leite desnatado as N-OE e o OE apresentaram efeito bacteriostático, e o OE foi o mais ativo, por reduzir a contagem de células em 2 log UFC/mL em relação aos controles em 24 h. A partir dos resultados deste estudo, o B. dracunculifolia DC pode ser considerada uma potencial fonte de antimicrobianos naturais. O sinergismo verificado entre o OE e a nisina permitiria reduzir a concentração do OE quando aplicado em alimento, o que reduziria os seus efeitos organolépticos indesejáveis do OE. A nanoprecipitação permitiu encapsular com sucesso o OE desta planta, devido as ótimas características físico-quimicas, alta eficiência de encapsulação, e a atividade antimicrobiana observada em meio de cultura sugestiva de liberação destas nanopartículas e a sua liberação controlada. No entanto, a redução do efeito antimicrobiano das N-OE observada no leite, sugere-se mais estudos sobre a interação dessas nanoestruturas com os componentes do alimento. |