Consulta de enfermagem ampliada : possibilidades de formação para a prática da integralidade em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Machado, Maria Luiza Paz
Orientador(a): Oliveira, Dora Lúcia Leidens Corrêa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/79585
Resumo: Estudo qualitativo, do tipo participante, desenvolvido com oito alunos matriculados na disciplina Enfermagem no Cuidado ao Adulo II do currículo do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As informações foram coletadas por meio de grupo focal, diários de campo e análise documental. Abordam-se os limites que o ambulatório hospitalar apresenta para o ensino/prática da consulta de enfermagem (CE) na perspectiva da integralidade em saúde. Tais limites são de ordem temporal, ambiental e protocolar e estão relacionados aos modos como a instituição, cenário do estudo, se organiza para ofertar o cuidado em saúde. A metodologia propôs a diversificação do cenário de ensino/cuidado da CE tradicional, aí incluindo os espaços de vida dos usuários, denominando esta intervenção de consulta de enfermagem ampliada. A ampliação teve a finalidade de buscar superar os limites do contexto hospitalar, possibilitando exercícios de praxis com base no cotidiano dos usuários. O estudo objetivou “analisar o potencial da consulta de enfermagem para a formação de enfermeiros para a prática da integralidade em saúde, considerando as experiências discentes em um cenário ampliado de cuidado”. A análise evidenciou que os participantes percebem na formação vigente limites para o aprendizado da integralidade, destacando-se a relação professor/aluno e os modelos de ensino alicerçados na biomedicina e na educação tradicional. A vivência no cenário ampliado foi produtora de novos saberes e práticas como escuta, vínculo e protagonismo dos atores envolvidos na CE, configurando-se em aprendizados coerentes com a formação para integralidade. Conclui-se que, apesar de ter se confirmado uma experiência de integralidade do cuidado, inovadora no contexto do ensino da CE, mudanças em cenários de ensino não garantem mudanças na formação, uma vez que estas dependem, principalmente, de quem ensina. A pesquisa participante revelou-se importante dispositivo para o desenvolvimento de uma análise crítica sobre a prática docente, com potência para promover mudanças no modelo de ensino/atenção vigente.