Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Kucyk, Rosa |
Orientador(a): |
Camey, Suzi Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/87114
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Resumo: |
As melhorias no atendimento em saúde são cada vez mais necessárias nos serviços de emergência, não apenas visando um resultado mais eficaz aos pacientes, como também buscando suprir as deficiências da população em geral e do corpo clínico responsável, primando pela melhoria da qualidade assistencial, com foco no ser humano integral. O uso das Emergências como forma de resolver os problemas de saúde da população é tão grande que existem, no Brasil, 185 hospitais com perfil de urgência e emergência. As emergências, como próprio nome já diz, são situações em que o atendimento deve ser imediato, já as urgências exigem um atendimento em até duas horas. Então, como porta principal de entrada ao sistema de saúde e caracterizado pela superlotação, o SUS, na tentativa de intervir na reorganização do sistema, implantou a Política Nacional de Humanização (PNH) Humaniza SUS. Esta política tem como princípio fundamental o acolhimento através da classificação de risco. Deve-se levar em consideração, também, a situação epidemiológica brasileira, que é muito diferente da situação observada nos países desenvolvidos, especificamente em relação à transição epidemiológica clássica, por apresentar tripla carga de doenças, envolvendo uma agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva. A Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde propõe, então, a implantação nas unidades de atendimento às urgências, do acolhimento e da "triagem classificatória de risco". De acordo com esta Portaria, este processo "deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento". A classificação de risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravamento ou grau de sofrimento. A área de emergência deve ser pensada por nível de complexidade, desta forma otimizando recursos tecnológicos e força de trabalho das equipes, atendendo ao usuário segundo sua necessidade específica. Levando-se em consideração estes aspectos e no intuito de instrumentalizar o Gestor ou Administrador, a triagem por classificação de risco, aliada à aplicação de indicadores é uma proposta quantitativa e qualitativa para a melhoria do sistema de saúde brasileiro. É através dos indicadores que isso se torna viável, pois não há na literatura uma escala que mensure saúde e sim indicadores que representam um conceito. Como o indicador é um número que expressa o estado de alguma coisa que se considera relevante e importante, então, bons indicadores precisam de dados bem elaborados e fidedignos. Os indicadores sinalizam como um determinado processo está e demonstram como as tarefas estão sendo desenvolvidas. Eles oferecem informações que indicam o estado das etapas de um processo. Assim, são considerados medidores de uma atividade, expressando uma informação que pode ser medida, sendo assim, também serem comparadas e administradas. A pretensão deste estudo é, portanto aplicar o indicador "Taxa Diária de Altas Hospitalares" a fim de avaliar da movimentação dos pacientes do serviço de emergência, de uma forma nova, analisando a capacidade de alta, aplicando um indicador robusto e em tempo real, pois os indicadores assistenciais são insuficientes sob o ponto de vista da mobilidade. Por último, colaborar com a implantação de uma ferramenta pró-ativa e inovadora, que trabalhe com o futuro e não com o passado e o presente. A contribuição do artigo "Real-time operational feedback: daily discharge rate as a novel hospital efficiency metric", do Canadá, é importante, pois apresenta como principal benefício, o foco na aplicação de um indicador que poderá servir de "termômetro" para o acompanhamento diário das movimentações do paciente, monitorando o que é mais caro para o hospital que é o giro do leito. OBJETIVO Aplicar o indicador Taxa Diária de Altas Hospitalares (TDAH) na Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. METODOLOGIA Estudo de Séries Temporais, onde entre Outubro de 2011 e Setembro de 2012 foram pesquisadas as movimentações de pacientes adultos, SUS, no Serviço de Emergência, utilizando-se os dados disponíveis nas telas do AGH-Sistema Aplicativo para Gestão Hospitalar, no "Relatório Emergência 24 horas" do IG ou BI, no demonstrativo diário de ocupação do Serviço de Emergência, nas planilhas da Comissão Intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplantes, nas planilhas das Supervisoras de Enfermagem e nos dados mensais de óbitos do SAMIS, permitindo a visualização da movimentação dos pacientes e as variações no referido período. Com base nas informações coletadas foi mensurado o indicador da Taxa Diária de Altas Hospitalar- TDAH e o tempo de permanência dos pacientes analisando-se um período de 24 horas, excluindo-se as altas por óbitos e as evasões. Para análise dos dados foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences versão 18.0 para Windows. RESULTADOS E CONCLUSÕES Houve diferença significativa entre os dias da semana quanto ao índice TDAH, sendo este mais baixo aos sábados e domingos e mais alto na segunda, quarta e sexta (p<0,001). Independente do dia da semana, a mediana e intervalo interquartil do índice foi de 17,4% (14,4-21,3). O uso do indicador TDAH poderá ser considerado para a melhora da eficiência operacional em Serviços de Emergência. |