Estruturas secretoras florais e extraflorais em espécies de Stanhopeinae (ORCHIDACEAE) ocorrentes na região amazônica brasileira : morfologia, anatomia e perfil fitoquímico

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Tavares, Jorgeane Valéria Casique
• Orientador(a): Mastroberti, Alexandra Antunes
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Anatomia vegetal; Orchidaceae; Monocotiledonea; Polinização; Osmóforo; Nectários; Coléter
• Palavras-chave em Inglês: Osmophore; Elaiophore; Nectaries; Orchids; Colleter; Pollination
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/255477

Em Orchidaceae, osmóforos, elaióforos e nectários são comumente encontrados nas flores, cujas formas e cores são amplamente diversas e de irrefutável beleza, as quais atraem potenciais polinizadores e conferem a elas uma relação, muitas vezes, específica com os insetos. Assim, percebe-se que, caracterizar as estruturas secretoras de suas flores e entender a dinâmica de secreção das mesmas é de fundamental importância para melhor compreender o processo de interação inseto-planta, no sucesso reprodutivo dessas plantas, especialmente para espécies de Gongora Ruiz & Pav., e Coryanthes Hook. que são exclusivamente polinizadas por abelhas macho Euglossini. O objetivo deste trabalho foi investigar as estruturas secretoras florais e extraflorais de espécies de Gongora e Coryanthes, ocorrentes na Amazônia brasileira, a fim de compreender suas funções ecológicas e as relações com os forrageadores, além de fornecer subsídios para expandir os estudos anatômicos com outras espécies do grupo. Para isso, amostras florais foram coletadas e analisadas sob microscopia óptica de luz, em conjunto com análises histoquímicas e fitoquímicas, microscopia eletrônica de varredura e transmissão. As espécies de Stanhopeinae analisadas (Gongora jauariensis Campacci & J.B.F.Silva, G. pleiochroma Rchb.f., G. minax Rchb.f. e Coryanthes macrantha (Hook.) Hook.), oferecem recompensas produzidas pelos osmóforos (em sua maioria terpenos) aos seus polinizadores – as abelhas macho de Euglossini (Eulaema sp. e Euglossa sp.). Já os nectários florais e extraflorais para os gêneros analisados, são detalhados anatomicamente pela primeira vez aqui. Estes exsudadam néctar por estômatos e efetivam assim, a relação simbiótica com formigas (Azteca sp. e Dolichoderus sp.), e em contrapartida, auxiliam na proteção das flores. Os dados morfoanatomicos e fitoquímicos analisados neste estudo fornecem subsídios para expandir análises anatômicas com outras espécies do grupo, bem como com outras Orchidaceae.