A Produção científica e o impacto da Química brasileira : análise dos artigos indexados na Web of Science entre 2004 e 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Menezes, Sabrina Diehl
Orientador(a): Caregnato, Sonia Elisa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/141335
Resumo: Este estudo é uma pesquisa bibliométrica que descreve as principais características da Química brasileira bem como seu impacto na comunidade científica. A seleção do corpus desta pesquisa foi feita com o uso das categorias de periódicos da Web of Science descritas no estudo de Glanzel e Schubert (2003) como pertencentes à Química. O período de análise foi de 2004 a 2013 e a tipologia documental selecionada foi de artigos científicos. O corpus da pesquisa foi composto por 42.954 artigos da Química brasileira e 280.457 documentos citantes. Na Revisão de Literatura foram abordados os seguintes tópicos: avaliação da ciência, indicadores bibliométricos, produção científica, impacto, Química no Brasil e a Pós-Graduação na área. A base de dados adotada para coleta de dados foi a Web of Science e os softwares utilizados para análise e tratamento dos dados foram: SPSS, Excel, Philcarto, Bibexcel. Os resultados mostram que a produção científica brasileira em Química cresceu linearmente durante os anos estudados, fenômeno similar a Química mundial. A taxa de crescimento da área foi de 6,29% ao ano e de 73,19% no período completo, sua contribuição para a produção nacional foi de 15,5% e para a mundial da área foi de 1,95%. Observa-se grande desigualdade de produtividade e impacto entre as regiões brasileiras, sendo que a Sudeste e Sul se destacam positivamente em ambos os aspectos. O estado de São Paulo foi o mais produtivo e o que obteve um número significativo de citações, onde a USP foi a principal instituição brasileira nestes pontos analisados. Os artigos da área foram publicados em sua maioria em coautoria, com destaque para quatro autores por artigo (20,20%), que apresentaram, também, maior concentração de citações (19,96%). A maior parte dos artigos da área foi publicada em coautoria com pesquisadores brasileiros. A coautoria bilateral foi predominante entre artigos publicados em colaboração internacional. Os Estados Unidos e a França foram os principais parceiros nas publicações da Química brasileira. O inglês foi o principal idioma dos artigos, embora o português tenha crescido em alguns anos. A maior parte da produção científica da área foi publicada em periódicos estrangeiros, embora nove periódicos nacionais estejam entre os principais publicadores. Constata que 88,60% dos artigos dessa produção foram citados ao menos uma vez e aqueles publicados entre 2004 e 2008 receberam mais citações do que os de anos posteriores. As subáreas mais produtivas da Química receberam, também, o maior número de citações, com destaque para: Ciência dos Materiais Multidisciplinar, Físico-Química e Química Multidisciplinar. A relação entre periódicos e citações mostrou que prestígio e quantidade de artigos publicados podem favorecer o número de citações recebidas. Os 280.457 documentos que citaram a produção científica identificada foram publicados entre 2003 e 2015, na tipologia de artigos científicos (86,00%) e no idioma inglês (97,20%). Os periódicos publicadores foram primordialmente de origem estrangeira, embora os dois principais sejam brasileiros. A visibilidade, impacto e internacionalização da pesquisa Química brasileira podem ser observados pela predominância de documentos internacionais citantes (78%). Estes documentos são provenientes dos cinco continentes, com destaque para América e Ásia. Brasil, China e Estados Unidos foram os países com maior número de documentos citantes da Química brasileira. Sugere-se que outros estudos sejam realizados, principalmente com testes estatísticos multivariados, para que uma visão mais profunda da área possa ser delineada.