O papel da frequência lexical em fenômenos fonológicos condicionados morfologicamente do português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: De Bona, Camila
Orientador(a): Schwindt, Luiz Carlos da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/186029
Resumo: Este trabalho teve por objetivo analisar o papel da frequência lexical em dois fenômenos fonológicos variáveis que apresentam condicionamentos morfológicos, quais sejam Redução da Nasalidade e Apagamento de /r/ Final, no intuito de verificar: 1) a interação de frequência lexical com variáveis linguísticas; 2) a interação de frequência lexical com variáveis sociais; 3) o melhor modelo, se abstracionista ou exemplarista, para tratar dos resultados aqui obtidos. Para a redução da nasalidade, reanalisamos dados de Schwindt e Bopp da Silva (2010), adicionando a informação de frequência lexical para a análise dos dados; para o fenômeno de apagamento de /r/ final, novos dados foram coletados de entrevistas com informantes do Rio de Janeiro. A informação de frequência lexical dos dados foi obtida do corpus de referência ASPA (Avaliação Sonora do Português Atual). Nossos resultados apontam que frequência lexical apresenta correlação positiva com a aplicação dos fenômenos, estando condicionada à classe gramatical, não à estrutura morfológica interna da palavra. Idade apresenta uma interação bastante significativa em dados de redução da nasalidade, principalmente na classe de não verbos sem gem. A mesma interação com idade não foi encontrada no fenômeno de apagamento de /r/. Uma explicação para isso talvez esteja relacionada com a caracterização de frequência de type e frequência de token. Tendo em vista que, na análise de frequência lexical, regras relativas à morfologia interna à palavra e à fonologia parecem não ser determinantes na aplicação dos fenômenos, defendemos neste trabalho a superioridade das abordagens exemplaristas.