Farmacoterapia com anti-hipertensivos : proposta de método para análise da efetividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ellwanger, Juliana
Orientador(a): Castro, Mauro Silveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201152
Resumo: Introdução: Hipertensão arterial é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares representando altas taxas de morbimortalidade. O não alcance do controle pressórico reflete na dificuldade de manejo clínico. Objetivo: Analisar efetividade da farmacoterapia em hipertensos aparentemente resistentes a partir de nova abordagem. Método: Trata-se de uma série de ensaios de N-de-1 modificado, realizado em hipertensos aparentemente resistentes atendidos em ambulatório especializado. A abordagem envolveu avaliação de adesão medicamentosa por meio de autorrelatos e avaliação da resposta anti-hipertensiva da farmacoterapia prescrita por meio de medidas da pressão arterial (PA) antes e após administração de anti-hipertensivos em uso pelo paciente. Participantes sem resposta anti-hipertensiva tiveram seus medicamentos avaliados quanto ao teor de princípio ativo e repetição da avaliação da PA. O artigo 1 apresenta a descrição do protocolo e os principais resultados quanto à avaliação da PA e adesão medicamentosa pelo método revisão da farmacoterapia Brow-bag (BB). O artigo 2 traz os dados de adesão medicamentosa e comparação dos métodos BB e Brief Medication Questionnarie (BMQ). Resultados: Dos 83 participantes, 69 tiveram análise da farmacoterapia por meio da abordagem proposta. Diferentes responsividades perante a PA foram observadas (responsivo controlável, não controlável e não-responsivo), assim como adesão medicamentosa (adesão presumida, não-adesão primária, secundária ou combinada). A partir da triangulação dos métodos, as possíveis causas para o descontrole pressórico dos hipertensos aparentemente resistentes foram: não-adesão medicamentosa, inércia terapêutica, inadequação da prescrição, medicamentos com baixa qualidade e indicativos de verdadeiros resistentes. Características distintas entre os grupos de responsividade perante a PA também foram observados, como: etnia, idade e número de medicamentos anti-hipertensivos prescritos. Os métodos indiretos de aferição da adesão, BB e BMQ, apresentam boa concordância, porém diferem quanto às dimensões analisadas. Conclusão: O método proposto analisou a efetividade da farmacoterapia anti-hipertensiva e identificou alguns fatores envolvidos na dificuldade de manejo destes pacientes, podendo servir de subsídio para futuros estudos na área.