O não dito sobre os requisitos de seleção de pessoal e as empresas de telefonia móvel: flexibilização, competências e intermediação de empregos na expansão capitalista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Straliotto, Marcia Carvalho e Silva
Orientador(a): Ribeiro, Jorge Alberto Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/34154
Resumo: O objetivo geral desta dissertação é analisar o não dito sobre os requisitos de seleção de pessoal das empresas de telefonia móvel, através de vagas encaminhadas para empresas intermediadoras de emprego. O estudo está centrado em três grandes eixos: a flexibilização, os requisitos descritos e os requisitos não descritos nas seleções realizadas por intermediadoras de emprego para as empresas de telefonia móvel. O primeiro eixo diz respeito ao contexto em que ocorrem os processos seletivos e verifica os aspectos explícitos e implícitos das relações flexíveis estabelecidas entre operadoras e empresas intermediadoras. O segundo eixo está centrado na análise dos requisitos descritos como necessários para os cargos, sendo esses critérios os anunciados para os candidatos. O terceiro eixo, por fim, analisa os requisitos não descritos, aqui nomeados como “não ditos”e não anunciados, mas praticados pelas empresas e determinantes para contratação ou exclusão de candidatos. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativo-exploratória. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas, realizadas com 14 sujeitos – gestores, selecionadores e trabalhadores – que atuam em empresas intermediadoras de emprego. O estudo constata que as vagas encaminhadas para as empresas intermediadoras são predominantemente operacionais e temporárias e que os processos seletivos realizados ocorrem mediante pressão por cumprimento de prazos e metas impostas pelas operadoras. A pesquisa revela que os requisitos de seleção de pessoal vão além dos descritos e anunciados socialmente, identificando 12 elementos que não constam no perfil formal das empresas, mas que são considerados na seleção. Com isso, questiona a negação da subjetividade e discurso de imparcialidade e neutralidade nos processos seletivos sustentados por correntes tradicionais da Administração e Psicologia. O estudo também discute a aplicação do modelo de competências no contexto de submissão e pressão por prazos em que estão inseridas as intermediadoras e conclui que o seu caráter subjetivo e ainda incipiente, em termos de ferramentas de avaliação, ajuda a mascarar os requisitos velados.