Fatores socioeconômicos e demográficos relacionados ao crime : uma análise através do modelo de processos gaussianos e do modelo auto-regressivo condicional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santiago, Anyuska do Amaral
Orientador(a): Torrent, Hudson da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197186
Resumo: Uma das principais formas de dissuasão dos atos de criminalidade é a possibilidade de aprisionamento dos infratores. Entretanto, tanto a população carcerária quanto as taxas de crimes da América Latina apresentam uma tendência ascendente. Este fenômeno pode indicar que há outros fatores que influenciam a escolha do indivíduo pela criminalidade e que tais variáveis exercem maior peso na escolha dos indivíduos pelas atividades ilegais. Em vista disto, considera-se relevante investigar quais são os fatores socioeconômicos e demográficos que podem estar relacionados com a criminalidade. Para realizar este estudo, optou-se por utilizar os dados dos municípios do estado do Rio Grande do Sul, referentes ao ano de 2010. Além disso, dada a presença de autocorrelação espacial entre as observações, a inferência foi feita utilizando modelos que incorporam a estrutura espacial, sendo utilizado o modelo de processos gaussianos (GP) e o modelo auto-regressivo condicional (CAR). Além de indicar as variáveis que são correlacionadas com a criminalidade, as inferências permitem sugerir políticas que podem ser adequadas para reduzir o interesse dos indivíduos pelos atos ilegais. Os resultados encontrados mostram que a renda per capita do quintil mais pobre e a expectativa dos anos de estudo estão negativamente correlacionados, enquanto que desemprego, nível de urbanização e famílias lideradas por mulheres apresentam uma relação positiva com a taxa de furtos. Considerando as variáveis significativas, pode-se cogitar que a manutenção dos programas de transferências de renda, o melhoramento das agências de emprego, programas governamentais que orientem e capacitem os desempregados e políticas públicas que foquem na integração da população marginalizada que reside nas periferias são vias alternativas para reduzir a criminalidade na região.