Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Strauss, Daniel |
Orientador(a): |
Miebach, Alessandro Donadio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/281105
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Resumo: |
Em seus trabalhos mais importantes desenvolvidos ao longo do século XIX, Karl Marx procurou compreender os fenômenos da sociedade capitalista industrial, ainda em seu primeiro estágio. Marx descobre, a partir de suas categorias mais fundamentais, a lei do valor e como essa sociedade tem a necessidade ininterrupta de acumular para reproduzir-se. No final do século XIX e começo do XX uma gama de teóricos buscaram compreender as metamorfoses históricas pelas quais o capitalismo estava passando que o transformavam qualitativamente. As teorias do imperialismo eram o esforço de assimilar essas transformações a partir das próprias necessidades de expansão do capital, para sua reprodução ampliada, dos processos de concentração e centralização do capital que formavam monopólios centrados no setor financeiro, e das relações de exploração que emergiam com a partilha do mundo entre as nações imperialistas. Depois das Guerras Mundiais, as relações do imperialismo se modificaram – o mundo já estava partilhado e a hegemonia dos Estados Unidos consolidada. Nesse período, o economista Ernest Mandel desenvolve sua teoria de Capitalismo Tardio, uma fase de um imperialismo que havia passado da maturidade e atingia seu estágio senil. O professor John Smith, por sua vez, utiliza de uma base teórica do imperialismo semelhante, mas procura embasar suas hipóteses em uma interpretação mais recente do estágio atual do capitalismo: o neoliberalismo. Este trabalho objetiva investigar nas obras de Mandel e Smith os pontos coincidentes, complementares e as descontinuidades na interpretação dos autores sobre a categoria do imperialismo. Os resultados demonstram que, em primeiro lugar, Mandel e Smith procuram demonstrar que a categoria de imperialismo não está superada, não é apenas um fenômeno histórico distante, mas permeia as relações sociais na medida em que os países imperialistas dependem da apropriação da mais valia produzida nas economias dominadas para a própria reprodução social do capitalismo global. Apesar disso, os autores apresentam enfoque distinto especialmente na forma como essa transferência de valor se processa: Mandel não rejeita a superexploração do trabalho, mas aponta que a dinâmica do imperialismo desde o pós-guerra estava mais vinculada às trocas desiguais pelo diferencial tecnológico produtivo. Smith elabora a análise da exploração dos baixos salários pela Arbitragem Global do Trabalho e da terceirização produtiva global, hipóteses similares àquelas apresentadas pela Teoria Marxista da Dependência na superexploração do trabalho. |