Estratégias indígenas na fronteira meridional : os guaranis missioneiros após a conquista lusitana (Rio Grande de São Pedro, 1801-1834)

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Ribeiro, Max Roberto Pereira
• Orientador(a): Neumann, Eduardo Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: História do Brasil; História do Rio Grande do Sul; Indios guaranis; Missões guaranis; Migração indígena; Estratégias sociais; Rio Grande do Sul
• Palavras-chave em Inglês: Guaranis; Strategy; Migrations
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/79441

Esta dissertação procura demonstrar as diferentes estratégias sociais elaboradas pelos indígenas guaranis missioneiros, após a conquista luso-brasileira, ocorrida em 1801, das sete missões de guaranis que pertenciam à Espanha, localizadas na margem oriental do rio Uruguai. Analisa a situação dos índios dentro e fora do território missioneiro, mais precisamente no espaço territorial das Missões e no Rio Grande de São Pedro, entre 1801-1834. Combinando análise qualitativa e quantitativa, demonstra como os índios missioneiros configuraram diversas estratégias de sobrevivência e adaptação dentro de uma nova realidade política e social que se apresentou após a conquista luso-brasileira. Utilizando fontes como os ofícios dos militares luso-brasileiros – de modo qualitativo – e os registros paroquiais de batismos – de forma quantitativa – caracteriza as ações indígenas e a forma pela qual estes sujeitos foram capazes de manejar sua própria história em situações adversas e contextos desfavoráveis. Evidencia que os guaranis não foram agentes passivos durante e depois da conquista de 1801. Ao contrário, foram capazes de criar e recriar espaços com relativa autonomia, participando da administração dos Povos e ingressando nas milícias missioneiras. Mostra que os índios não abandonaram as Missões de imediato, demonstrando que boa parte deles permaneceu no território missioneiro. Outra parte da população guarani migrou em grupos familiares a outras partes do Rio Grande de São Pedro, integrando-se a uma nova ordem social e política estabelecendo vínculos sociais com sujeitos diversos via compadrio o que garantia aos índios a possibilidade de ingressarem àquela sociedade.