Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Knijnik, Luciana |
Orientador(a): |
Fonseca, Tania Mara Galli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/156766
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Resumo: |
Esta tese tem como procedimento a montagem de uma maquinaria de pesquisa que envolve a coleta de cartas, o mergulho no universo prisional e o retorno, em busca de ar, à superfície da escrita. As missivas provêm intencionalmente de diferentes momentos históricos do cárcere: ditadura civil-militar e Estado de exceção atual. Colocando em atividade a engasgada máquina, a correspondência recolhida é tomada como dispositivo para produção de biografemas – biografias inventadas e fragmentárias – sem compromisso com dados e fatos comprováveis pelos grandes arquivos. Assim, os biografemas, de remetentes e destinatários das cartas, criam uma insólita realidade em que a escrita é performatizada como ato de testemunhar, dando luz a um passado que não está nos arquivos, mas no ato de retirar de sua poeira esquecida o que insiste. A pesquisa contenta-se em interrogar o próprio campo e assim criar uma ambiência noturna, sabidamente inabitável. Finda na proposição inútil de um cenário sem espetáculo. Efeito do método empregado, em que o texto é uma entidade viva, instala a barulhenta polifonia, própria da palavra. Para tanto, autores como Roland Barthes, Gilles Deleuze, Michel Foucault, Maurice Blanchot e Marcel Proust, em sua potência de ativar o pensamento, serão peças vitais da engrenagem. Tal maquinaria é montada visando a máxima proliferação imaginativa. Para que a sensibilidade alcance sua plenitude na montagem dos cenários construídos. Para que a língua não se resuma a um sistema de signos amorfos, esgote o possível e abra espaços ao impossível. Prolifere em um modelo ontológico de criação de seres, esquivando à representação inerte de um mundo terminado. |