Arquitetura brasileira, escola paulista e as casas de Paulo Mendes da Rocha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Zein, Ruth Verde
Orientador(a): Comas, Carlos Eduardo Dias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/141857
Resumo: Esta dissertação visa iniciar um processo de reconhecimento e aprofundamento sobre a arquitetura paulista, ou escola paulista, ou arquitetura brutalista paulista, com ênfase no período 1955-1975. Seu objetivo é colaborar no sentido de uma adequada qualificação dessa tendência arquitetônica autônoma, peculiar, de alta qualidade e valor indiscutível; que, pertencendo ao âmbito da arquitetura moderna brasileira, não pode ou deve ser confundida com a arquitetura da vertente carioca, da qual vai se destacar conceitualmente e nos resultados formais. A dissertação consta de duas partes, distintas e não imediatamente complementares. Na primeira parte são realizados ensaios de cunho bibliográfico, e de abordagem crítica. Inicialmente, revisando as referências esparsas e desconexas sobre essa arquitetura paulista e sobre seu qualificativo ‘brutalista’. Seguem-se estudos sobre seus possíveis precedentes notáveis, cujo reconhecimento poderá auxiliar a compreender melhor as características estéticas e éticas dessa arquitetura; sendo reexaminadas as obras dos mestres Le Corbusier e Mies Van der Rohe, destacando e nelas todo e qualquer ponto de aproximação com a arquitetura paulista brutalista; bem como reavalianda a contribuição do Novo Brutalismo inglês, de maneira a verificar se há questões estéticas e éticas comuns. Segue-se uma breve resenha dos debates contemporâneos acerca dos conceitos de tipo, modelo e estrutura formal, que ou estão presentes nos debates da escola paulista, ou serão empregados a seguir. A segunda parte da dissertação prossegue na investigação das características da escola paulista brutalista através da análise da obra residencial do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. O recorte de análise, restrito às residências projetadas pelo arquiteto, permite um estudo aprofundado, de marco formal-arquitetônico, partindo da certeza de comparecem nessa obra alguns dos temas caros à escola paulista, quais sejam a idéia de casaapartamento, a identidade entre estrutura e volumetria edificada, a idéia de ‘caixa’ estrutural habitável, entre outros. As análises vão buscar levantar temas de debate, mais do que chegar a conclusões acabadas, sequer possíveis na obra de um criador em pleno exercício de sua capacidade profissional. A dissertação se encerra com conclusões breves e experimentais.