Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Naédia Fogaça de |
Orientador(a): |
Zancan, Denise Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194464
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Resumo: |
Os olhos do molusco gastrópode estilomatóforo Strophocheilus, espécie relacionada ao Megalobulimus abbreviatus, foram descrito apenas em microscopia óptica, restando dúvidas sobre a presença de dois tipos de fotorreceptores e de células ganglionares (ou células sensoriais de segunda ordem), o que, inclusive, é uma controvérsia que se estende às demais espécies de estilomatóforos. Com o objetivo principal de contribuir a esta questão, o presente trabalho propõe uma análise ultra-estrutural da retina do caracol M. abbreviatus e questiona, ainda, sobre a existência de células gliais na retina de M. abbreviatus, já que, curiosamente, não temos encontrado referência alguma sobre a presença de glia na retina nos moluscos gastrópodes. Juntamente com a imuno-histoquímica de proteína fibrilar acídica glial, também foi realizada a imuno-histoquímica de serotonina, com intuito, de iniciar uma análise neuroquímica da retina desta espécie. Descrições gerais no âmbito da microscopia óptica foram, ainda, realizadas para fins de comparação com os dados apresentados para a outra espécie de caracol nativo relacionada. Os resultados indicam que o olho de Megalobulimus abbreviatus permitiria a formação de uma imagem de muito pouca resolução, pois a lente esférica fixa tem aspecto homogêneo (o que dificulta a formação de imagem), mas está afastada da retina por um espaço (corpo vítreo) que parece ser até maior nesta espécie, em relação a outros caracois pulmonados de menor porte, o que poderia auxiliar no foco. Existem na retina de M. abbreviatus duas células com características sensoriais, mas a célula sensorial I parece ser a principal candidata a atuar como fotorreceptor com maior sensibilidade fótica, representando o tipo rabdomérico de fotorreceptor. Na retina há, ainda, a presença de células pigmentares. Um número menor de pigmentos na retina de M. abbreviatus e a localização mais basal das células pigmentares, não estando dispostas entre as células fotorreceptoras, podem estar associados com o hábito noturno e a uma possível tolerância menor à luz desta espécie. Os fotorreceptores de M. abbreviatus projetam-se diretamente ao nervo óptico, sem realizar sinapse. A ausência de interneurônios e de células ganglionares indica uma organização retinal mais simples, de forma que a integração do sinal deve ocorrer nos gânglios cerebrais. A imunorreatividade à GFAP na retina de um molusco gastrópode foi descrita pela primeira vez no presente trabalho. A presença de células gliais junto à porção basal da retina confere com a identificação ultra-estrutural de células com aspecto glial. A presença de serotonina-imunorreativa junto à cápsula conjuntiva do olho pode ser oriunda de projeções dos gânglios cerebrais. |