Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lima, Elianara Corcini |
Orientador(a): |
Accorssi, Aline |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/173893
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre como as mulheres que sofreram violência dos agentes do Estado no período da ditadura civil-militar de 1964-1985 convivem com as memórias de dor e reconstroem suas vidas. Nessa época, torturas, prisões, assassinatos e desaparecimentos fizeram parte da vida daqueles/daquelas que, de alguma forma, se opuseram à ordem instituída. As mulheres submetidas à violência dos agentes do Estado foram mortas, suicidaram-se, desapareceram ou reconstruíram suas vidas. O presente estudo busca conhecer como as memórias de dor atuam sobre suas vidas, as experiências que lhes permitem reconstruir sua história, e como as questões de gênero perpassam essas vivências. A abordagem metodológica foi orientada pelos pressupostos da pesquisa qualitativa através do uso de narrativas. Gênero foi a categoria balizadora na análise, com a utilização do método hermenêutico dialético. Na perspectiva transdisciplinar do conceito de memória social, em construção, áreas como Filosofia, História, Sociologia, Feminismo, Psicologia e Psicologia Social foram entrelaçadas. Os resultados demonstraram que, assim como não existe “a história”, e sim “as histórias”, a vida das pesquisadas foi reconstruída com base em experiências como cooperação, amizade, oportunidade de estudar, participação em organizações sociais, e de relações sexuais menos repressoras. A dor dos momentos vividos sob a submissão do Estado permaneceu em suas memórias, mas as vivências de relações mais igualitárias lhes propiciaram condições favoráveis para a reconstrução de suas vidas. |