Avaliação da proteína hidrolisada na dieta de cães : potencial hipoalergênico, efeito sobre digestão e fermentação intestinal, qualidade fecal, microbiota intestinal e formação de aminas biogênicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Caroline Fredrich Dourado
Orientador(a): Trevizan, Luciano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259622
Resumo: As proteínas hidrolisadas têm despertado interesse devido a disponibilização de peptídeos de baixo peso molecular, compatível com características nutricionais como alta digestibilidade de aminoácidos, reduzida antigenicidade e presença de peptídeos bioativos. Foram conduzidas duas séries experimentais com o objetivo de avaliar os efeitos da inclusão do hidrolisado de fígado de aves (HFA) como fonte proteica majoritária de origem animal em dietas para cães adultos, saudáveis: I) análise da composição química e peso molecular do HFA, seguido pela avaliação de duas dietas: HFA – dieta com 25,6% de HFA e CON – dieta com farinha de vísceras de aves (FVA) e farinha de carne e ossos, sobre a palatabilidade, os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA), características fecais e urinárias, parâmetros hematológicos e imunológicos, e microbiota fecal ao longo de 45 dias; e II) avaliação do efeito de duas fontes proteicas (HFA e FVA) e três concentrações de proteína bruta (PB) (24, 32 e 40%) combinados em seis tratamentos: HFA24, HFA32, HFA40, FVA24, FVA32 e FVA40, sobre os CDA, características fecais e urinárias, produtos de fermentação nas fezes, formação de aminas biogênicas, concentrações plasmáticas de MAO (monoamina oxidase) e DAO (diamina oxidase), e CAT (capacidade antioxidante total) após 30 dias de alimentação. Os resultados do experimento I demonstraram que o HFA possui altas concentrações de lisina, ácidos linoleico e araquidônico, e 57% dos peptídeos com peso molecular <10 kDa. A dieta HFA aumentou a umidade e produção fecal diária (P<0,05), mas sem prejuízos a consistência fecal. A concentração plasmática de IL-4 reduziu ao longo do tempo (P<0,001). No grupo CON, houve redução na concentração plasmática de IgA no dia 30 comparado aos dias 0 e 45 (P<0,001). A concentração plasmática de IgE reduziu nos dias 30 e 45 no grupo CON, e nos dias 15 vs 30 e 15 vs 45 no grupo HFA (P=0,001). Foi verificada maior similaridade da diversidade beta nas fezes dos cães alimentados com HFA. No experimento II, foi verificado maior CDA da PB nas dietas contendo HFA e maiores concentrações de PB (P<0,05). Entretanto, o CDA dos demais nutrientes e energia reduziram (P<0,05). O aumento das concentrações de PB aumentou a produção fecal diária, umidade fecal e escore fecal (P<0,05). As dietas contendo FVA com 32 e 40% de PB aumentaram as concentrações fecais de isovalerato, ácidos graxos de cadeia ramificada e amônia (P<0,05). A inclusão de FVA e maiores concentrações de PB aumentou o consumo de aminas biogênicas putrefativas (P<0,05). As dietas contendo HFA com 32 e 40% de PB aumentaram a excreção fecal de feniletilamina (P=0,045). Por último, as concentrações plasmáticas de MAO foram maiores com as dietas HFA24 e FVA32 (P=0.024).