Caracterização petrográfica, química mineral e petrogênese do kimberlito Rosário 16 - Rosário do Sul - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Andrea Brum da
Orientador(a): Conceição, Rommulo Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/272858
Resumo: O Rosário 16 (R-16) é um kimberlito transicional hipoabissal, entre a zona de raiz e diatrema, dividido em subsuperfície em dois pipes vulcânicos, Rosário 16-A e Rosário 16-B. Ele pertence a Província Kimberlítica de Rosário do Sul, intrusiva no craton Rio de la Plata à sudeste da Bacia do Paraná, no sul do Brasil. Rosário 16-A e Rosário 16-B afloram como saprólito de rocha, encaixados em estrutura NE/SW, a uma distância de 7 km do alnoíto Rosário 6 (R-6). O R-16 é constituído por microfenocristais de olivina forsterítica, Mg-cromita, Mg-ilmenita, diopsídio, flogopita, fluorapatita e CaTiO3 perovskita. Microxenocristais, possivelmente derivados de macrocristais peridotíticos, incluem olivina forsterítica, Mg-cromita e Cr-piropo, além de almandina de origem eclogítica. A determinação da composição de elementos maiores nos minerais foi realizada por análises de microssonda eletrônica. Condições de temperatura e fugacidade de oxigênio (ƒO2) foram calculadas utilizando diferentes geotermobarometros com base na composição de olivina, espinélio e perovskita. Pressões de 4 GPa ou superiores foram inferidas para R-16 devido à presença de Cr-piropo. A faixa média de temperatura resultante a 4 GPa varia 1130ºC a 1140°C, enquanto a ƒO2 no momento da equilibração está em torno de ΔNNO = - 3,92 a -1,35. Valores reduzidos de FeO e o enriquecimento de Nb em CaTiO3 perovskita, anomalias negativas de Ce em fluorapatitas combinados com os dados de pressão, temperatura e ƒO2 para Rosario 16, sugerem que o metassomatismo por CO2 foi menos intenso em comparação com R-6. Estima-se que, em R-16, as reações de CO2 tenham ocorrido no manto a pressões mais elevadas, cerca de 4 GPa, resultando a geração do magma kimberlítico por meio da interação de líquidos silicáticos com líquidos carbonatíticos. A similaridade entre os perfis de ƒO2 x temperatura entre R-16 e os basaltos alto e baixo-Ti da Bacia do Paraná sugere uma fonte mantélica heterogeneamente metassomatizada para o cluster alcalino de Rosário do Sul e os magmas basálticos. Dessa forma, compreende-se que o emplaçamento do R-16 foi favorecido pelo processo de quebra do Gondwana, o qual deu origem a Paraná- Etendeka Large Igneous Province.