Efeitos de agentes tópicos de flúor de baixa concentração sobre a saliva, biofilme e esmalte dental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Souza, Daniela Correia Cavalcante
Orientador(a): Hashizume, Lina Naomi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/103353
Resumo: Esta dissertação é constituída de dois artigos e teve como objetivo avaliar se o uso adicional de solução fluoretada para bochecho (SF) ao uso de dentifrício fluoretado (DF) é equivalente ao aumento da freqüência de aplicação do DF em relação (1) às mudanças clínicas na superfície do esmalte, na sua desmineralização e no seu conteúdo de flúor; (2) à concentração de flúor na saliva e no biofilme dental 8 horas após os tratamentos. No primeiro artigo, quinze voluntários participaram de um estudo in situ, onde utilizaram dispositivos mandibulares contendo blocos de esmalte dental bovino. Durante os 3 períodos experimentais, de 14 dias cada, os espécimes foram expostos a um alto desafio cariogênico pelo gotejamento de solução de sacarose 20%, 8 vezes ao dia. O estudo teve um delineamento cruzado e os voluntários foram submetidos aos seguintes tratamentos: (T I) escovação com DF (1100 ppm F na forma de NaF) 2x/dia + H2O; (T II) DF 2x/dia + H2O + SF (225 ppm F na forma de NaF) 1x/dia; (T III) DF 3x/dia + H2O. Ao final deste período, os blocos foram removidos e avaliados em relação às mudanças nas características clínicas de superfície e submetidos às análises de microdureza superficial e transversal e do conteúdo de flúor no esmalte. De acordo com os resultados, o uso do DF 3x/dia foi o único tratamento que diferiu do uso do DF 2x/dia em relação às mudanças na superfície do esmalte e na sua desmineralização (p<0,05). Em relação ao conteúdo de flúor no esmalte, as diferenças entre os tratamentos não foram estatisticamente significativas (p>0,05). No segundo artigo, através de um estudo in vivo foram avaliadas as concentrações de flúor na saliva e no biofilme dental 8 horas após o uso dos tratamentos. Quarenta voluntários foram submetidos a diferentes freqüências de uso de DF ou dentifrício placebo (DP) por 1 semana, seguido de enxágüe com água ou água e SF, de acordo com o delineamento cruzado, em 4 grupos de tratamento: (T I) DP 2x/dia + H2O; (T II) DF 2x/dia + H2O; (T III) DF 2x/dia + H2O + SF 1x/dia; (T IV) DF 3x/dia + H2O. Após cada período experimental, as amostras de saliva e biofilme dental foram coletadas para análise dos níveis de flúor. As concentrações de flúor nas amostras de saliva e biofilme dental não diferiram significativamente entre os tratamentos, assim como não diferiram do período livre de flúor (p>0,05). Podemos concluir em relação ao primeiro artigo que o aumento da freqüência de uso do DF pode substituir o uso adicional de SF aos procedimentos convencionais de escovação com DF. Em relação ao segundo artigo, os resultados sugerem que o uso do DF 2x/dia seguido por SF ou escovação extra com DF não aumenta a retenção de flúor na saliva e no biofilme dental após 8 horas.