Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Juliana Wolmann |
Orientador(a): |
Gaiesky, Vera Lúcia da Silva Valente |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/211776
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Resumo: |
Galileo junto aos elementos P e 1360 (Hoppel) pertence à superfamília P de transposons. Foi originalmente descoberto em Drosophila buzzatii, onde três inversões cromossômicas segregantes foram originadas por recombinação ectópica entre cópias de Galileo. A investigação de Galileo nos 12 primeiros genomas de Drosophila demonstrou sua presença em seis espécies, sendo que em Drosophila willistoni foi encontrado em abundância. O grupo cardini e o grupo willistoni de Drosophila ainda que pertençam a subgêneros diferentes, são cromossomicamente polimórficos e ecologicamente similares, e assim, apresentam-se como promissores modelos para o estudo deste transposon. Com intuito de elucidar o cenário evolutivo de Galileo e seu papel na evolução do genoma de espécies neotropicais, foram caracterizadas detalhadamente as cópias de Galileo presentes no genoma de D. willistoni e realizou-se uma busca experimental em espécies do grupo willistoni e do subgrupo cardini de Drosophila. Na busca in silico, diferentes ferramentas de bioinformática foram utilizadas e como sonda fez-se o uso da maior cópia de Galileo descrita para D. willistoni, da repetição terminal invertida (TIR) e de segmentos da transposase do elemento. No total 191 cópias foram caracterizadas, com variação considerável em comprimento e estrutura. Cópias com a transposase potencialmente funcional não foram encontradas, todas as caracterizadas eram elementos não-autônomos. Duas subfamílias de Galileo, aqui nomeadas de V e W, com uma divergência nucleotídica substancial, foram observadas por meio de análises filogenéticas com segmentos da transposase e com as TIRs do elemento. A investigação experimental foi realizada pela técnica de PCR com dois pares de primers que amplificam segmentos de 470 e 530 pb da transposase. Do grupo willistoni sequências correspondentes a Galileo foram isoladas de D. willistoni (três linhagens, além da sequenciada), D. tropicalis, D. equinoxialis, D. insularis e D. paulistorum (seis semiespécies: Amazônica, Andino-Brasileira, Centro-Americana, Interior, Orinocana e Transicional) do subgrupo willistoni; D. nebulosa e D. capricorni do subgrupo bocainensis. Do subgrupo cardini, Galileo foi isolado de D. cardini, D. neocardini e D. neomorpha. O total de 109 sequências, clonadas e sequenciadas foram utilizadas na reconstrução das relações evolutivas de Galileo. Esta análise corroborou com dois grupos altamente divergentes, mostrando a coexistência das subfamílias V e W de Galileo em espécies do grupo willistoni e ainda, a presença da subfamília V, que divergiu recentemente, em espécies do subgrupo cardini. O panorama evolutivo sugere que Galileo vem sendo mantido por meio de transferência vertical e horizontal (uma vez que ambas não são mutuamente exclusivas) no grupo willistoni e no subgrupo cardini de Drosophila. Além disso, é possível que eventos de introgressão, tenham desempenhado papel importante na manutenção deste transposon, especialmente em espécies do subgrupo willistoni. |