Cidadãos conectados : a revolução das vozes alternativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Galante, Claudia
Orientador(a): Guareschi, Pedrinho Arcides
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/29687
Resumo: As tecnologias da informação e comunicação (TICs) tornaram possível o aparecimento de um ambiente interat ivo, cooperat ivo e descent ral izado, desenhando perspectivas ousadas nas relações entre pessoas, comunidades e governos. Atualmente, as manifestações sociais, organizadas com o apoio dessas tecnologias, podem se fazer ouvir e ter suas reivindicações atendidas em um ambiente até então permeado por uma mídia de massa vertical, que sempre falou em nome de uma minoria para uma maioria, sem qualquer possibilidade de interação. O uso dessas ferramentas pela sociedade civil traz profundas transformações para a ação coletiva contemporânea, e assim, o objetivo deste trabalho é discutir como, e até que ponto, esta nova realidade possibilitará a participação dos cidadãos nos processos democráticos. Para tanto, buscou-se primeiramente refletir sobre o processo de comunicação e sua relação com a sociedade, como se configura o ciberespaço, as possibilidades por ele oferecidas e suas implicações nos movimentos sociais. Foram elaborados quatro estudos de caso: “Movimento Zapatista”, “A Noite dos Celulares”, “Rua Gonçalo de Carvalho” e “Pontal do Estaleiro”. Eventos com motivações, contextos, abrangência e formas de atuação bem diferentes, que através de trocas de informação disseminadas no ambiente online foram capazes de mobilizar a adesão dos cidadãos em torno de projetos de interesse comum. Os impactos sociais e políticos dessa comunicação mostram que apesar de restrições estruturais, o uso das tecnologias permite formas inovadoras de exercício da democracia. O trabalho demonstrou que as TICs podem ser pensadas como um “ciberespaço público”, sem no entanto atribuir a sua mera existência a promessa de uma sociedade mais democrática.