Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Taborda, Enrique Polto |
Orientador(a): |
Steil, Carlos Alberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/254339
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Resumo: |
A presente dissertação de mestrado é fruto de uma pesquisa documental centrada nos diários de um teólogo jesuíta, o Padre Francisco Taborda, escritos entre os anos de 1986 e 1993, período em que atuou como assessor teológico do Conselho Indigenista Missionário do Mato Grosso (CIMI/MT). A primeira parte do trabalho detém-se na dimensão textual dos diários, que se tratam – segundo o próprio autor – de um exercício de Teologia narrativa, entendida como um método teológico que ficou conhecido, principalmente, no contexto da Teologia Latino-Americana das décadas de 1970 e 1980. A partir desse material, atentamos à “teologia missionária” que se faz presente nas reflexões do autor, e a seu papel na identidade do próprio CIMI. Interessa-nos, nesse sentido, atentar para as “linhagens” de um pensamento missionário que se tornam evidentes na medida em que os próprios atores (teólogos e/ou missionários do CIMI) reivindicam personagens e correntes de pensamento de diversos momentos da história da Igreja Católica – a modo de uma “tradição discursiva”, como proposto por Talal Asad. Alguns exemplos vão desde analogias com a questão dos judaizantes na Igreja primitiva e no Concílio de Jerusalém; os Padres da Igreja e suas adaptações e reinterpretações do pensamento filosófico helênico à luz da doutrina cristã; missionários do início da era moderna, como Bartolomé De Las Casas, considerado, talvez, o mais importante predecessor da causa indigenista, e Mateo Ricci, jesuíta atuante na China, precursor da inculturação, conceito-chave na atuação do CIMI. Tais reivindicações são usadas como exemplos e contraexemplos que legitimam, por assim dizer, a identidade católica da organização, ao mesmo tempo em que marca sua ruptura com as “teologias missionárias” católicas de tempos anteriores. Por fim, procuramos dar conta disso que pode ser entendido como uma teologia missionária secular presente na autoidentidade do CIMI, remetendo-nos aos recentes debates sobre secularismo na Antropologia, que têm se proposto repensar esse conceito a fim de aprofundar seus significados. |