Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rafael Fernandes e |
Orientador(a): |
Koester, Edinei |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/133640
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Resumo: |
No SE do domínio oriental do Cinturão Dom Feliciano (CDF) o Granito Capão do Leão (GCL) ocorre como dois corpos, norte e sul, encaixados em rochas Pré-Cambrianas do Complexo Pinheiro Machado (CPM) e nos granitos Chasqueiro (GCH) e Arroio Grande (GAG). Os corpos do GCL, tanto o norte quanto o sul, possuem formas elípticas e ocupam áreas de, respectivamente, 200 km2 e 100 km2, apresentando orientação ENE-WSW, sendo dominantemente uma rocha maciça, a qual preserva suas características magmáticas. Zonas centimétricas a métricas de deformação dúctil, principalmente no corpo sul, são observadas gerando rochas miloníticas subverticais, apresentando plano de foliação com mergulho maior que 70° e direção NE-SW que podem refletir reativações da Zona de Cisalhamento Arroio Grande (ZCAG). Petrograficamente é um granito equigranular, médio a grosso, com textura hipidiomórfica predominante, de composição sieno a monzogranítica, apresentando, por vezes, cavidades miarolíticas centimétricas, as quais sugerem um posicionamento final em condições rasas (epizonal) e indicam a presença de fluidos até os estágios finais da cristalização, além de raros enclaves máficos, de composição micácea, os quais podem representar um material de origem mantélica fonte do granito, uma rocha encaixante fundida e assimilada pelo magma ou a ocorrência de uma mistura de magmas. Apresenta injeções centimétricas de veios ou bolsões tardios de aplitos. A assembleia mineral do GCL é constituída de quartzo, feldspato alcalino e plagioclásio do tipo albita. Como varietais ocorrem biotitas, dos tipos siderofilita e anita, granadas, com predomínio de membros finais em almandina e espessartina, e, subordinadamente, anfibólio cálcico do tipo ferro-pargasita. Seus minerais acessórios são apatita, titanita, zircão e opacos. O GCL é uma rocha de composição ácida, tem afinidade geoquímica subalcalina, metaluminosa a fracamente peraluminosa, com tendência cálcio-alcalina alto-K, apresentando elevados teores de SiO2, entre 71,60 e 75,95 %, teores de Al2O3 entre 11,00 e 15,00 %, teores em álcalis elevados, com valores de Na2O oscilando entre 1,76 à 4,61 % e 3,8 até 7,36 % para o K2O, baixos teores em CaO, MgO e MnO, menores que 1% e teores extremamente baixos de P2O5, menores que 0,03 %. A ocorrência de granada sugere um caráter altamente diferenciado, decorrente de longa cristalização fracionada. Os diagramas multielementares mostram enriquecimento em Rb, Pb, Th, U e K, e depleção nos elementos Ba, Nb, Sr, P, Eu e Ti , assim como enriquecimento de ETR leves em relação aos ETR pesados e acentuada anomalia negativa em Ba, Sr, Ti e Eu. O GCL apresenta características de magmatismo tipo-I, com alto fracionamento, de ambiente pós-colisional, apresentando padrões geoquímicos semelhantes ao GCH, os quais permitem correlacioná-los como líquidos segregados de uma mesma fonte, diferenciados por mecanismos petrológicos, tais como assimilação de material encaixante e cristalização fracionada. O líquido magmático dos granitos Capão do Leão, Chasqueiro e Arroio Grande, podem ter sua gênese relacionada a eventos de movimentação da Zona de Cisalhamento Arroio Grande, a qual pode ter causado a fusão da base da crosta, por adição de material mantélico, sendo, portanto, a responsável tanto pelo processo de extração, colocação e da referida segregação dos líquidos do GCL e do GCH, como pela geração e emplaçamento do líquido do GAG. |