Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Correa, Camila |
Orientador(a): |
Bianchin, Marino Muxfeldt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/139798
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Resumo: |
Introdução: Epilepsia é uma desordem cerebral caracterizada predominantemente pela interrupção paroxística do funcionamento normal do cérebro causada por crises epilépticas que ocorrem de maneira recorrente e imprevisível. Aproximadamente 50% dos adultos com epilepsia têm ao menos uma comorbidade médica associada, e algumas condições apresentam uma prevalência maior quando comparados à população em geral. Entre elas podemos citar as comorbidades psiquiátricas e as alterações nutricionais. Objetivos: O presente estudo avaliou o consumo alimentar de pacientes portadores de epilepsia, e de forma mais específica, o consumo dos ácidos graxos poli-insaturados (PUFAS), e a sua relação com a presença de transtornos neuropsiquiátricos. Métodos: Foi realizado um estudo transversal onde o consumo alimentar de paciente com epilepsia do lobo temporal foi avaliado por um questionário de frequência alimentar (QFA) validado para a população de Porto Alegre –RS. Também foi avaliado a presença de transtornos psiquiátricos e sintomas de ansiedade através dos questionários estruturados, SCID, BAI e Escala de Hamilton. Resultados: Pacientes com diagnóstico de transtornos psiquiátricos avaliado por SCID apresentaram menor consumo de ácidos graxos omega-3, (0,53 ± 0,34g vs 0,84 ± 0,58g; p=0,047) e (0,21g ± 0,13g/1000kcal vs 0,32±0,21g/1000kcal; p=0,049). Pacientes com maiores níveis de ansiedade avaliados pelo BAI também apresentaram menor ingestão de PUFAS n-3 (9,14 ± 3,65g vs 12,82 ± 4,84g; p=0,011 e 3,41 ± 1,21% vs 4,14 ± 1,05% do VET; p=0,04). A Escala de Hamilton apresentou correlação inversa ao consumo de PUFAS n-3 (-0,306; p=0,041). Conclusão: Foi identificada uma associação entre o consumo de PUFAS n-3 e a presença de transtornos psiquiátricos e níveis mais altos de ansiedade em pacientes com epilepsia do lobo temporal. Ainda que o nosso estudo não pode determinar uma relação de cause efeito entre alterações neuropsiquiátricas e consumo de PUFAS é possível que um consumo de alimentos ricos em Omega-3 possa ser uma estratégica terapêutica a fim de melhorar anormalidades neuropsiquiátricas nesses pacientes. Essa é uma interessante questão que necessita ser melhor avaliada no futuro. |