Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vargas, Liane da Silva de |
Orientador(a): |
Carpes, Pâmela Billig Mello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201544
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Resumo: |
Existem diversos fatores capazes de modular a aquisição, a consolidação e a persistência da memória, como por exemplo, experiências prévias, drogas e outros tratamentos, emoções, entre outros. Assim, estratégias para modular a memória podem ser usadas para melhorar a mesma em diversas situações, tendo aplicabilidade em tratamentos de doenças relacionadas a um trauma ou em doenças neurodegenerativas, por exemplo. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos de diferentes estratégias comportamentais na modulação da memória, com enfoque nos processos de generalização e extinção da memória aversiva e na persistência da memória de reconhecimento de objetos, respectivamente. A tese é composta de três estudos principais que buscaram investigar: (i) o efeito da exposição a uma novidade sobre o processo de generalização da memória aversiva; (ii) o efeito da reativação no processo de extinção da memória aversiva; e, (iii) o efeito de uma sessão única de exercício físico na persistência da memória de reconhecimento. Todos os experimentos foram realizados utilizando animais de laboratório (ratos Wistar machos) e tarefas de memória padronizadas para este modelo. No primeiro estudo demonstramos que a exposição à novidade evita a generalização da memória aversiva e que este efeito depende da síntese de proteínas no hipocampo. No segundo estudo demonstramos que a reativação, realizada previamente às sessões de extinção, facilita o processo de extinção da memória aversiva, e que este efeito depende do funcionamento das regiões infra e pré-límbica do córtex pré-frontal ventromedial. Por fim, no terceiro estudo demonstramos que a ativação dopaminérgica é necessária para que haja a persistência da memória de reconhecimento e que uma sessão única de exercício físico realizada logo após a aprendizagem é capaz de promover a persistência deste tipo de memória por meio da ativação do sistema dopaminérgico hipocampal. Com base nos resultados obtidos, podemos concluir que estratégias comportamentais como as aqui apresentadas podem ser utilizadas para modular os processos mnemônicos. A novidade e a reativação, considerando o contexto no qual foram estudadas (relacionado à memória aversiva) apresentam-se como potenciais estratégias auxiliares a serem empregadas no tratamento de doenças relacionadas à transtornos do medo, enquanto que o exercício agudo apresenta grande potencial para ser empregado como estratégia tanto no tratamento de doenças cuja persistência esteja comprometida, assim como, como uma estratégia comportamental auxiliar nos processos de aprendizagem. |