Pterostilbeno reduz o estresse oxidativo induzido por infarto do miocárdio experimental nos sistemas cardiovascular e hepato-pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tasca, Silvio
Orientador(a): Araújo, Alex Sander da Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206244
Resumo: O infarto agudo do miocárdio pode induzir alterações hemodinâmicas nos pulmões, fígado e vasos e provocar estresse oxidativo principalmente nos pulmões e ventrículo direito. Pterostilbeno, composto fenólico da classe dos estilbenoides, apresenta propriedades antioxidantes, o que poderia melhorar esse cenário. Este estudo avaliou o impacto do infarto do miocárdio na homeostase redox nos pulmões, ventrículo direito (VD), aorta e fígado. Além disso, visava propor o pterostilbeno como uma abordagem terapêutica adjunta. Para isso, ratos Wistar machos foram alocados em três grupos: controle (SHAM), infartados (MI), infartados tratados com pterostilbeno (MI+PS). Sete dias após a indução do infarto do miocárdio, os grupos MI e MI+PS iniciaram o tratamento com 100mg/kg/dia de pterostilbeno complexado com ciclodextrina por gavagem e teve duração de oito dias. Em seguida, foram realizados exames ecocardiográficos, dados foram coletados, os animais foram eutanasiados, orgãos removidos para posteriores análises morfométricas e bioquímicas. Foram realizadas as análises de concentrações das espécies reativas totais de oxigênio (ROS), peroxidação lipídica (TBARS), atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa-S-tranferase (GST), NADPH oxidase, oxído nítrico sintase (NOS), antioxidantes não enzimáticos – sistema glutationas: grupos sulfidrilas totais; glutationa reduzida (GSH); glutationa oxidada (GSSG); glutationas totais. Imunoconteúdo da proteína Nfr2 e xantina oxidase. Resultados: o grupo MI apresentou congestão pulmonar e o tratamento melhorou este parâmetro no grupo MI+PS. Este mesmo grupo, (MI+PS) demonstrou um discreto aumento no volume sistólico final em relação ao MI através da análise ecocardiográfica, corroborando para prevenir a congestão pulmonar. O tratamento com pterostilbeno aumentou as atividades de algumas enzimas antioxidantes no tecido pulmonar (SOD e CAT), assim como preveniu a peroxidação lipídica, evitando dano no tecido pulmonar. Houve um aumento da expressão da proteína Nfr2 no grupo MI+PS, reforçando a hipótese do efeito hormético desempenhado pelo estilbenoide – pterostilbeno. No VD, verificamos níveis diminuídos de grupos sulfidrilas totais e da atividade da enzima óxido nítrico sintase no grupo MI, bem como a produção aumentada do ânion superóxido neste grupo. Esses parâmetros foram atenuados pelo tratamento com pterostilbeno. Na aorta, tivemos um aumento da atividade da NADPH oxidase e xantina oxidase no grupo MI. Com o tratamento o grupo MI+PS conseguiu mitigar essas alterações oxidativas, assim como elevar os níveis de sulfidrilas totais um importante sistema antioxidante não enzimático. No fígado, não tivemos alterações significativas e por não podemos dosar as enzimas hepáticas no soro, não conseguimos avaliar dano hepático. Portanto, o infarto do miocárdio pode causar uma diminuição nas proteções antioxidantes principalmente nos pulmões e ventrículo direito. No entanto, o pterostilbeno parece proteger contra os danos do estresse oxidativo no tecido pulmonar, ativando a via Nrf2 e no ventrículo direito, justificando a redução da produção do ânion superóxido e melhora parcial na biodisponibilidade de NO neste local.